José Rodrigues de Oliveira nasceu no dia 22 de janeiro de 1873 no Munícipio de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, capital do Estado do Ceará, sendo filho de João Rodrigues de Castro e Silva e de Maria Firmina do Espírito Santo.
Os seus avós paternos se chamavam Francisco Rodrigues da Silva e Felícia Maria de Jesus, já os maternos eram José de Oliveira Têves e Maria Francisca do Espírito Santo.
Em sua infância e juventude viveu com os seus pais na Fazenda Holanda, onde o seu pai era um importante agropecuarista.
“Dessa época, antes da emancipação política do Município de Boa Viagem, se destaca o nome de João Rodrigues de Castro e Silva, que era coronel da Guarda Nacional e segundo alguns de seus descendentes tinha amizade com o Imperador D. Pedro II, a quem regularmente costumava enviar malas de couro cheias de queijo em caravanas de mulas.” (SILVA JÚNIOR, 2017: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/holanda/. Acesso no dia 29 de dezembro de 2023)
Mais tarde, segundo informações existentes no livro B-02, pertencente à secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, página 134v, termo nº 11, no dia 20 de fevereiro de 1903, na Fazenda Pombo, aos 30 anos de idade, diante do Mons. José Cândido de Queiroz Lima, contraiu matrimônio com a sua tia, que se chamava Etelvina Emygdia de Oliveira, sendo filha de José de Oliveira Têves Júnior e de Maria Liberalina do Vale.
Desse matrimônio foram gerados oito filhos, sendo eles: Celso Rodrigues de Oliveira, Nelson Rodrigues de Oliveira, Odília Rodrigues de Oliveira, Horácio Rodrigues de Oliveira, Absalão Rodrigues de Oliveira, Aldenora Rodrigues de Oliveira, Odete Oliveira Nunes e Luzanira Oliveira.
No pleito eleitoral ocorrido em 1912, desejando entrar na vida pública seguindo uma tradição familiar, conquistou uma das cadeiras da Câmara Municipal de Vereadores para legislatura que ocorreu entre 1912 a 1916.
No dia 5 de maio de 1914, invocando o artigo 10 da lei nº 33, de 10 de novembro de 1892, possivelmente por conta de uma seca e desejando migrar, no plenário da Câmara, juntamente com os vereadores Manoel Herminio de Sousa Leitão e André Corsino do Vale, renunciou ao seu mandato eletivo.
Nesse mesmo período, em um curto espaço de tempo, ocorreram algumas turbulências políticas, quando os habitantes do Município foram pegos de surpresa com a renúncia de dois intendentes: Josias Barbosa Maciel e Benjamim Bastos.
No pleito eleitoral seguinte, que ocorreu de 1916 a 1920, foi reconduzido ao exercício de seu segundo mandato.
BIBLIOGRAFIA:
- CAVALCANTE MOTA, José Aroldo. História Política do Ceará (1889-1930). ABC: Fortaleza, 1996.
- FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro dos casamentos. 1903-1910. Livro B-03. Página 1. Termo nº 22.
- PEIXOTO, João Paulo M. & PORTO, Walter Costa. Sistemas Eleitorais no Brasil. Brasília: Instituto Tancredo Neves, 1987.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Holanda. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/holanda/. Acesso no dia 29 de dezembro de 2023.
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