José Aurélio Saraiva Câmara

José Aurélio Saraiva Câmara nasceu no dia 20 de junho de 1921 no Município de Quixeramobim, distante 203 quilômetros da cidade de Fortaleza, capital do Estado do Ceará, sendo filho de Miguel Fenelon Câmara  e de Thereza Heloísa Saraiva Leão Câmara.
Os seus avós paternos se chamavam Manoel Fenelon da Silva Câmara e Maria Olindina da Silva Câmara, já os maternos eram José Bougival Saraiva Leão e Thereza Cristina Saraiva Leão.
O seu pai era tabelião na cidade de Quixeramobim, local onde fez os seus estudos primários, seguindo depois para o Colégio Militar do Ceará, onde concluiu o secundário e em seguida para Escola Militar de Realengo, na cidade do Rio de Janeiro, tornando-se Aspirante a Oficial da Arma de Artilharia em 1943.
Depois disso seguiu para cidade de Salvador, onde foi diplomado em engenharia civil pela Escola Politécnica da Bahia em 1949.
Prestou serviço em unidades militares do Exército no Recife e depois, retornando ao Estado do Ceará, foi indicado pelo comando do Exército para assumir o subcomando do 10º Grupo de Artilharia Transportada e de professor do Colégio Militar de Fortaleza.
Mais tarde, na gestão do Gov. Virgílio de Morais Fernandes Távora, ocupou o cargo de diretor do Departamento de Minas e Energia e logo depois o de chefe de gabinete do Diretor Geral do DNOCS – o Departamento Nacional de Obras contra as Secas.

“No governo de Stênio Gomes ocupou simultaneamente a Secretaria de Polícia e Segurança e o comando da Polícia Militar.” (SIMÃO, 1996: p. 404)

Assumiu ainda a direção geral do Departamento de Educação e Cultura da UFC – a Universidade Federal do Ceará e de professor da Escola de Engenharia da UFC, dirigindo ainda a Casa do Brasil em Madri.
Foi membro do Instituto do Nordeste; da Sociedade Capistrano de Abreu, onde ocupou a sua presidência; membro permanente da Comissão de Textos Históricos do Ministério do Exterior; membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e sócio efetivo do Instituto do Ceará.
Faleceu na cidade de Fortaleza, com apenas 52 anos de idade, no dia 9 de abril de 1974.
A sua produção literária está dividida da seguinte forma: Aspectos do domínio holandês no Ceará (1956); Um aspecto da tradição cearense militar (1960); Correspondência do Senador Pompeu (1960); Fontes cearense de Euclides da Cunha (1965); O tempo e os homens (1966); Capistrano de Abreu (1969); Triunfos e fracassos na luta contra as secas (1969); Fatos e documentos do Ceará provincial (1970) e Um soldado do Império (General Tibúrcio e seu tempo).

BIBLIOGRAFIA:

  1. CÂMARA, Fernando. José Aurélio Saraiva Câmara – 25 anos depois. Revista do Instituto do Ceará. p. 279-288, 1999.
  2. HOLANDA, João Xavier de. Comandantes da Polícia Militar do Ceará – 1935/2019: Registros Biográficos. Fortaleza: RDS, 2019.
  3. INSTITUTO DO CEARÁ. José Aurélio Saraiva Câmara. Disponível em https://www.institutodoceara.org.br/socio/jose-aurelio-saraiva-camara/. Aceso no dia 30 de setembro de 2023.
  4. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  5. SIMÃO, Marum. Quixeramobim: Recompondo a história. Fortaleza: MULTIGRAF, 1996.

HOMENAGEM PÓSTUMA

  1. Em sua memória, na cidade de Fortaleza, uma das ruas do Bairro Antônio Diogo recebe a sua denominação;
  2. Em sua memória, na cidade de Quixeramobim, um dos bairros dessa cidade recebe a sua nomenclatura;
  3. Em sua memória, na cidade de Fortaleza, na Vila União uma escola de tempo integral recebeu o seu nome.