José Aroldo Cavalcante Mota nasceu no dia 27 de janeiro de 1933 no Município de Tauá, que está localizado no Sertão dos Inhamuns, distante 337 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de Ataciso Cavalcante Mota e de Luzia Sobreira de Oliveira.
Os seus avós paternos se chamavam Aureliano Cavalcante Mota e Amélia Cavalcante Mota, já os maternos eram Humildes Alves Sobreira e Cristina Jatay Sobreira.
Alguns dias depois do seu nascimento, em 20 de maio, seguindo o costume da confissão religiosa de seus pais, na Capela de Santa Rita de Cássia, recebeu o batismo pelas mãos do Pe. Odorico de Andrade.
Passou uma pequena parte de sua infância na vila de Marruás, que está localizada na zona rural do Município de Tauá até que, por volta de 1945, algum tempo depois do repentino falecimento de sua mãe, que segundo informações existentes no livro C-02, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 566, folha 30v, ocorreu no dia 20 de junho de 1939 na cidade de Quixeramobim, fixou residência na cidade de Boa Viagem, depois que o seu pai contraiu novas núpcias:
“Algum tempo depois, segundo informações existentes no livro B-11, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 1.438, folha 187, estando viúvo, no dia 7 de janeiro de 1948, contraiu núpcias com Nilda Carvalho Mota, nascida no dia 8 de agosto de 1920, sendo filha do Cel. José Cândido de Carvalho com Maria Emília Araújo de Carvalho.” (SILVA JÚNIOR, 2017: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/ataciso-cavalcante-mota/. Acesso no dia 1º de fevereiro de 2017)
Alguns anos antes dessa mudança, o seu pai, estando viúvo, conheceu o agropecuarista Francisco Deoclécio Ramalho, que costumava comprar gado na localidade de Barra Nova, no Município de Tauá, e o convidou a morar na cidade de Boa Viagem, onde decidiu começar uma nova vida.
Depois disso, já estabelecido na cidade de Boa Viagem, o seu pai passou a comprar gado e o conduzir para o abate na cidade de Fortaleza, conseguindo dentro de pouco tempo juntar a sua pequena família e acumular uma pequena fortuna, construindo uma significativa liderança política, fato que o levou à disputa de uma das cadeiras da Câmara Municipal de Vereadores:
“No pleito eleitoral ocorrido no dia 7 de dezembro de 1947, desejando entrar na vida pública por meio de um mandato eletivo na Câmara Municipal de Vereadores, conseguiu ser eleito para uma das vagas do Poder Legislativo do Município de Boa Viagem.” (SILVA JÚNIOR, 2017: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/ataciso-cavalcante-mota/. Acesso no dia 20 de junho de 2017)
Residindo na cidade de Boa Viagem, deu inicio a sua vida acadêmica como aluno das Escolas Reunidas de Boa Viagem, que depois passou a ser chamada de Escola de Ensino Fundamental Padre Antônio Correia de Sá, onde estudou pouco tempo, sendo transferido logo em seguida para o Ginásio Diocesano do Crato.
Depois disso, ainda residindo na cidade do Crato, foi matriculado em uma das turmas do Seminário de São José, sendo transferido pouco tempo depois para o Ginásio de Santa Luzia, na cidade de Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte.
Mais tarde, quando decidiu retornar para o Estado do Ceará, passou a estudar em uma das turmas do Colégio Cearense, depois no Colégio São João e por fim no Liceu do Ceará, todos na cidade de Fortaleza.
Alguns anos depois, logo após a conclusão do ginásio, ingressou em uma das turmas da Faculdade de Direito de Fortaleza e em seguida na Faculdade de Direito de Salvador, no Estado da Bahia, e por fim na Faculdade de Direito da Universidade do Brasil, na cidade do Rio de Janeiro.
Nessa mesma época teve a oportunidade de cursar o CPOR – o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Exército, tanto na cidade de Fortaleza quanto na cidade de Salvador:
“Os CPOR nasceram para suprir o Exército Brasileiro de oficiais subalternos, através de seus Cursos de Formação de Oficiais da Reserva (CFOR) formam aspirantes-a-oficial, habilitando-os ao desempenho de funções de comando das frações elementares da tropa, tanto na guerra como na paz.” (S.N.T)
Nesse período, por onde estudou, manteve intenso envolvimento na política estudantil, sendo presidente da UEB, a União dos Estudantes da Bahia, tesoureiro da UNB – a União Nacional dos Estudantes, vice-presidente do grêmio do CPOR de Fortaleza e presidente do da cidade de Salvador.
No dia 30 de dezembro de 1961, na Igreja Matriz de São Gerardo, na cidade de Fortaleza, contraiu núpcias com Francinilda Custódio Mota, com quem gerou três filhos, sendo eles: Marjórie Luzia Mota Dias, Desirée Custódio Mota Gondim e Adriano Cavalcante Mota.
Na eleição estadual que ocorreu no dia 7 de outubro de 1962, militando nos quadros políticos do PSP – o Partido Social Progressista, conseguiu a confiança de 3.348 votos, ficando na terceira suplência de seu partido, conseguindo algum tempo depois ocupar uma das cadeiras da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará.
No pleito eleitoral seguinte, que ocorreu no dia 15 de novembro de 1966, já no MDB – o Movimento Democrático Brasileiro, desejando a sua permanência na Assembleia, ficou novamente na terceira suplência de seu partido ao receber a confiança de 3.150 eleitores, assumindo o seu segundo mandato pouco tempo depois.
Nessa mesma época assumiu como secretário-geral do MDB no Estado do Ceará, vice-presidente da Comissão Executiva do MDB, vogal da Comissão Executiva Regional do PMDB – o Partido do Movimento Democrático Brasileiro, e presidente do PDT – o Partido Democrático Trabalhista, no Estado do Ceará, sendo um de seus fundadores.
Era especialista em Direito Eleitoral; assessor jurídico do MDB, PMDB, PSDB e do Governo do Estado; era aposentado do antigo DCT – o Departamento de Correios e Telégrafos; exerceu também o cargo em comissão de delegado de polícia de furtos e roubos do Estado do Ceará e foi assessor parlamentar na Assembleia Legislativa do Ceará.
No dia 13 de novembro de 1997, depois de produzir várias obras literárias, assumiu uma das cadeiras do Instituto Histórico, Geográfico e Antropológico do Ceará:
“Destaque no cenário político do Estado do Ceará com vários livros publicados sobre Direito Constitucional, o advogado e escritor Dr. José Aroldo Cavalcante Mota recebeu da Câmara Municipal de Fortaleza o Título de Cidadão da Capital, na noite desta terça-feira, 27.”
Entre os anos de 2005 e 2006, na gestão da Prefeita Luizianne de Oliveira Lins, foi Assessor Político e Jurídico do gabinete, como também Assessor Chefe da Controladoria Geral do Município de Fortaleza.
Algum tempo depois, no dia 20 de junho de 2017, faleceu aos 84 anos de idade, na cidade de Fortaleza, sendo velado na Funerária Ternura, que está localizada na Rua Padre Valdevino, nº 2.255, Aldeota.
Logo após o seu falecimento, depois das despedidas fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado por seus familiares em um túmulo existente no Cemitério Parque da Paz, que está localizado na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, nº 4.454, Passaré.
BIBLIOGRAFIA:
- ALMEIDA, Assis & PONTES, Fernando. Enciclopédia da Política Cearense. 1947-1998. Fortaleza: Premius, 1999.
- FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
- LIRA, João Mendes. Subsídios para a História Eclesiástica e Política do Ceará. Rio de Janeiro: Companhia Brasileira de Artes Gráficas, 1984.
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO. Livro de registro dos batismos. 1932-1935. Livro A-24. Tombo nº 140. Página 54v.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Ataciso Cavalcante Mota. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/ataciso-cavalcante-mota/. Acesso no dia 1º de fevereiro de 2017.
HOMENAGEM PÓSTUMA:
- Em sua memória, em 2018, o edifício que abriga o cartório eleitoral na cidade de Tauá recebeu a sua nomenclatura.
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