José Alves da Costa

José Alves da Costa nasceu no Município de Quixeramobim, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza.
Na época do seu nascimento a cidade de Boa Viagem, que era denominada pela alcunha de “Cavalo Morto”, era apenas um pequeno povoado pertencente ao Município de Quixeramobim.

“Distrito criado com a denominação de Boa Viagem, ex-povoado de Cavalo Morto, pela lei provincial nº 1.025, de 18 de novembro de 1862. Elevado à categoria de vila com a denominação de Boa Viagem, pela lei provincial nº 1.128, de 21 de novembro de 1864, desmembrado de Quixeramobim.” (IBGE, 2000: Disponível em http://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=230240&search=ceara|boa-viagem|infograficos:-historico. Acesso no dia 13 de julho de 2017)

No dia 9 de dezembro de 1846, conforme matéria publicada no jornal O Cearense, ano X, por uma portaria do Governo na Província, foi nomeado sub-delegado do termo de Boa Viagem, no Município de Quixeramobim.
No dia 7 de novembro de 1857, conforme matéria publicada no jornal Pedro II, nº 1747, ano XVIII, por uma portaria do Governo na Província, voltou a ser nomeado sub-delegado do termo de Boa Viagem.
Mais tarde, depois de receber a sua autonomia política, na eleição municipal ocorrida em 1873, conseguiu ser eleito suplente de vereador do Município de Boa Viagem na legislatura que ocorreu até 1877.
Por diversas vezes chegou a assumir as suas responsabilidades de suplente de vereador no plenário da Câmara Municipal de Vereadores, quando havia a ausência do titular da cadeira.

Imagem da Casa de Câmara e Cadeia do Município de Boa Viagem por volta de 1940.

Nessa legislatura, que teve início em julho de 1873, o Município passou por uma estiagem e os produtores sofreram com graves problemas financeiros, mesmo assim, no exercício de seu mandato, deu apoiou a execução das seguintes ações: O recebimento de um imóvel para servir de cadeia, uma doação que foi realizada por José Duarte de Araújo; O recebimento de doação financeira feita por Ana Gonçalves Leal para construção de uma Casa de Cadeia e Câmara; O acompanhamento da arrematação e aplicação dos impostos camarários, entre eles o da décima urbana; O acompanhamento da adequação do comércio do Município ao novo sistema de pesos e medidas determinado pelo Governo Imperial; A aprovação do orçamento para manutenção da escola existente na vila; O acompanhamento da comunicação com o Governo da Província sobre os produtos cultivados no Município; O acompanhamento da resolução do litígio de limites com o Município de Tamboril, quando Boa Viagem perdeu autonomia sobre o perímetro do povoado de Telha, atual cidade de Monsenhor Tabosa.

BIBLIOGRAFIA:

  1. CAVALCANTE MOTA, José Aroldo. História Política do Ceará (1889-1930). Fortaleza: ABC, 1996.
  2. FERREIRA NETO, Cicinato. A Tragédia dos Mil Dias: A seca de 1877-79 no Ceará. Fortaleza: Premius, 2006.
  3. IBGE. Histórico do Município de Boa Viagem. Disponível em http://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=230240&search=ceara|boa-viagem|infograficos:-historico. Acesso no dia 13 de julho de 2017.
  4. PEIXOTO, João Paulo M.; PORTO, Walter Costa. Sistemas Eleitorais no Brasil. Brasília: Instituto Tancredo Neves, 1987.
  5. VIEIRA JÚNIOR, Antônio Otaviano. Entre Paredes e Bacamartes. História da Família no Sertão (1780-1850). Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2004.

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