Joaquim Vieira Lima nasceu no dia 24 de janeiro de 1899 no Município de Catolé do Rocha, que está localizado no Sertão paraibano, distante 411 quilômetros da cidade de João Pessoa, sendo filho de Quintiliano Vieira Lima e de Felisbela Vieira de Freitas.
Os seus avós paternos se chamavam Francisco Pereira Lima e Maria Vieira da Conceição, já os maternos eram Pedro Vieira Carneiro e Maria Floriana de Morais.
Na época do seu nascimento, veio ao mundo pelas mãos de uma parteira nas proximidades da vila de Brejo dos Santos, que nesse período era conhecida pelo topônimo de “Brejo dos Cavalos”, sendo uma pequena localidade rural pertencente ao Município de Catolé do Rocha.
A mudança desse nome ocorreu por conta de uma grande onda de intolerância religiosa ocorrida nos últimos anos da década de 1930, na mesma época em que ocorria grandes transformações em sua vida.
“A Igreja Evangélica Congregacional instalou-se nesse Município em 1928. O pastor era o Rev Henry Briault, de nacionalidade inglesa, que trabalhou, de certo modo, pelo progresso do lugar. Pelos anos de 1937 a 1939, as duas forças religiosas do lugar tiveram divergências, desentendimento este que gerou até violência.” (IBGE: Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pb/brejo-dos-santos/historico. Acesso no dia 24 de fevereiro de 2018)
Em 1911, possivelmente atraído pelo plantio de algodão nas proximidade do Município de Campina Grande, habitou com a sua família dentro do território do Município de São João do Cariri.
Mais tarde, nos primeiros meses de 1924, estabelecidos novamente em Brejo dos Santos, depois de receber a agradável visita de um de seus irmãos e motivado por problemas no seio de sua família acompanhou os seus pais, que decidira migrar para o Município de Boa Viagem, no Estado do Ceará.
Esse irmão, José Vieira de Lima, havia contraído núpcias com a filha de um importante agropecuarista dessa região, Theóphfilo da Costa Oliveira, que vendeu uma propriedade denominada de Fazenda Santo Antônio aos seus pais.
“Quintiliano Vieira Lima chegou ao Município de Boa Viagem, com toda a sua família, no dia 24 de dezembro de 1925, e no dia seguinte, após a missa, partiram para a sua nova propriedade.” (SILVA JÚNIOR, 2015: p. 177)
Segundo informações existentes no Cartório de Catolé do Rocha, tombo nº 176, página 280, no dia 19 de agosto de 1924 contraiu matrimônio com Balbina Almeida Vieira, que era nascida no dia 18 de janeiro de 1906, também no Município de Catolé do Rocha, sendo filha de Argemiro Alves de Almeida e de Francisca Oliveira Almeida.
De seu casamento foram gerados quatro filhos, três homens e uma mulher, sendo eles: Janival Almeida Vieira, Maria Vieira Sampaio, José Almeida Vieira e Antônio Almeida Vieira.
Era agropecuarista e possuía muito gado, que estava distribuído em diversas propriedades, entre elas citamos, no Município de Boa Viagem: Varzinha, Curupati, Campina, Santo Antônio, Salgado, Baixa e Engano. No Município de Independência: Mulungu, Pipoca, São Joaquim, Jardim, Vaca Braba, Várzea da Cacimba e no Vinte.
Durante muitos anos residiu na cidade de Boa Viagem na Praça Monsenhor José Cândido de Queiroz Lima, nº 120, Centro.
No dia 5 de maio de 1947, depois de despontar como forte liderança política nessa região, foi nomeado interventor do Município de Boa Viagem no lugar do Tenente José Silvino da Silva pelo governador do Estado do Ceará, o Dr. Faustino de Albuquerque e Sousa, permanecendo nessa função até o dia 25 de março de 1948, quando assumiu o Prefeito Manoel Araújo Marinho.

Na imagem, quatro figuras políticas que comandaram os destinos do Município de Boa Viagem por aproximadamente seis décadas.
Nos últimos anos da década de 1960, partilhou com os seus familiares da sucessiva perda de vários entes queridos: no dia 2 de junho de 1966 foi a sua mãe; no dia 27 de março de 1967 foi a vez de um de seus irmãos, José Vieira de Lima, e no dia 14 de novembro de 1968 foi a vez de seu pai.
Algum tempo depois, no dia 28 de abril de 1974, foi à vez de lamentar o falecimento de outro irmão, Bento Vieira de Lima, e no dia 6 de março de 1980, chegou a vez de sua irmã, Cristina Vieira Lima.
No dia 25 de maio de 1977, por meio da lei nº 287, proposição do Vereador Jacob Carneiro de França Neto, recebeu o título de cidadania boa-viagense da Câmara Municipal.
Segundo informações existentes no livro C-02, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Oficio, tombo nº 755, folha 44, faleceu na cidade de Boa Viagem, aos 81 anos de idade, no dia 12 de novembro de 1980.
Logo após o seu falecimento, depois das despedidas fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado em um mausoléu da família existente no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, no Centro da cidade.
HOMENAGEM PÓSTUMA:
- Em sua memória, na gestão do Prefeito José Vieira Filho – o Mazinho, através da lei nº 448, de 8 de setembro de 1987, o parque de vaquejadas e eventos do Município de Boa Viagem recebeu o seu nome;
- Em sua memória, ainda na gestão do Prefeito José Vieira Filho, através da lei nº 459, de 21 de março de 1988, uma das ruas do Bairro Osmar Carneiro, na cidade de Boa Viagem, recebeu a sua nomenclatura;
- Em sua memória, na gestão do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, através da lei n° 763, de 4 de outubro de 2001, uma escola da rede municipal de educação recebeu a sua denominação.
BIBLIOGRAFIA:
- IBGE. A História do Município de Brejo dos Santos. Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pb/brejo-dos-santos/historico. Acesso no dia 24 de fevereiro de 2018.
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Andarilhos do Sertão: A Chegada e a Instalação do Protestantismo em Boa Viagem. Boa Viagem, CE: Premius, 2015.
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