Joaquim Rabêlo e Silva

Joaquim Rabêlo e Silva nasceu no dia 23 de janeiro de 1876 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de José Rabêlo e Silva e de Phostuma Agnella da Silva.
Os seus avós paternos se chamavam Antônio Pinto de Magalhães e Josefina do Nascimento e Silva, já os maternos eram André Avelino Santiago e Francisca Angélica da Silva.
Algum tempo depois de seu nascimento, no dia 4 de junho, seguindo o costume da confissão religiosa de seus pais, recebeu o batismo na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem pelas mãos do Pe. Francisco Ignácio da Costa Mendes.
Pouco sabemos sobre a sua infância, descobrimos apenas que em sua adolescência, por volta de 1890, recebeu instrução elementar em uma escola existente na vila de Boa Viagem, onde o seu pai exercia a função de inspetor escolar.
Em acordo com uma matéria publicada no dia 28 de dezembro de 1895 no periódico A República, ano IV, nº 295, juntamente com o seu pai, compunha o diretório do PRF – o Partido Republicano Federalista existente no Município de Boa Viagem.

“No inicio da República não havia partidos nacionais. Assim, no Ceará, o Partido Republicano cindiu-se em busca do poder.” (CAVALCANTE MOTA, 1999: p. 23)

Ao longo de sua vida desempenhou atividades de agropecuarista e por conta da influência política construída por sua família conseguiu desempenhar algumas funções públicas, dentre elas escrivão da coletoria estadual e coletor federal de rendas.
Segundo informações contidas no livro B-03, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 10, folha 118v, no dia 6 de setembro de 1904, na residência de seu sogro, contraiu matrimônio civil com Jovita Ribeiro da Silva, nascida em 1887, sendo filha do Capitão José Ribeiro e Silva e de Maria da Conceição Oliveira
Pouco tempo depois, no dia 26 de setembro, segundo informações existentes no livro B-02, pertencente à secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, tombo nº 14, página 11, novamente na residência de seu sogro, confirmou os seus votos em uma cerimonia de matrimônio religioso.
Desse casamento foram gerados vários filhos, dentre eles destacamos: Deusdedith Ribeiro Rabêlo, José Rabêlo e Silva Neto, Fidelquina Rabêlo e Silva, Maria Tuminha Rabêlo e Silva e Acácio Rabêlo e Silva.

Imagem da residência do Pe. Francisco Ignácio da Costa Mendes, por volta de 1950.

Depois de casado, adquiriu por compra um casa pertencente ao Pe. Joaquim Ignácio da Costa Mendes que durante muitos anos esteve localizada na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, s/nº, Centro.

“A casa do alto, como era conhecido o casarão de tijolo edificado no século XIX pelo Pe. Francisco Ignácio da Costa Mendes, filho de Boa Viagem. Situava-se no local do atual prédio da EMATERCE. Foi demolido na primeira gestão do Prefeito Benjamim Alves da Silva. O saudoso casarão, que foi propriedade do coletor federal, Joaquim Rabêlo e Silva, serviu também para abrigar muitas pessoas portadoras de tuberculose.” (NASCIMENTO, 2002: p. 39)

Segundo informações existentes no livro C-03, pertencente ao Cartório Geraldina, tombo nº 909, folha 85, faleceu na cidade de Boa Viagem, aos 68 anos de idade, no dia 18 de março de 1944.
Logo após o seu óbito, depois das despedidas fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado por seus familiares no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, Centro.

HOMENAGEM PÓSTUMA:

  1. Em sua memória, na gestão do Prefeito Dr. Gervásio de Queiroz Marinho, através da lei nº 30, de 3 de outubro de 1959, uma das ruas que se estendem pelos Bairros Centro e Boaviaginha, na cidade de Boa Viagem, recebeu a sua nomenclatura.

BIBLIOGRAFIA:

  1. CAVALCANTE MOTA, José Aroldo. História Política do Ceará. (1889-1930). ABC: Fortaleza, 1996.
  2. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  3. PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro de casamentos. 1886-1903. Livro B-02. Tombo nº 14. Página 11.