Joaquim Bezerra Cavalcante

Joaquim Bezerra Cavalcante nasceu no dia 23 de outubro de 1864 no Município de Quixeramobim, que está localizado no Sertão Central do Estado do Ceará, distante 203 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de Manoel Órfão Cavalcante e de Rita Thereza do Espírito Santo.
Algum tempo depois, no dia 1º de janeiro de 1866, seguindo o costume da confissão religiosa de seus pais, recebeu o sacramento do batismo pelas mãos do Pe. João Antônio do Nascimento e Sá.
Os seus avós paternos se chamavam Inácio Nunes Benevides e Anna Thereza Cavalcante de Jesus, já os maternos eram Inácio Franco Ferreira da Silva e Maria Thereza da Conceição.
Em 1883, envolvido com o propósito da Sociedade Libertadora de Boa Viagem, colocou em liberdade os escravos que mantinha em seu poder.

“A Sociedade Libertadora de Boa Viagem foi uma entidade filantrópica que congregou aqueles que queriam por fim a escravidão e representou o movimento abolicionista em seu território.” (SILVA JÚNIOR, 2016: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/sociedade-libertadora-de-boa-viagem/. Acesso no dia 25 de dezembro de 2023)

Segundo Informações existentes no livro B-03, pertencente à secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, folha 99v, tombo nº 24, no dia 19 de maio de 1910, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, em uma cerimônia que foi presidida pelo Mons. José Cândido de Queiroz Lima, contraiu matrimônio com Raimunda Francisca de Carvalho, nascida em Guaramiranga em setembro de 1879, sendo filha de João Bezerra da Silva e de Rosalina Maria de Jesus.
Desse matrimônio foram gerados 6 filhos, sendo eles: Francisco de Sales Cavalcanti, Luísa de Sales Cavalcante, Maria Carmélia Cavalcante, José de Sales Cavalcante, Raimunda Nonata Cavalcante e Áurea de Sales Cavalcante.
A sua esposa era viúva, tendo casado em primeiras núpcias com Francisco de Assis Marinho, que foi intendente do Município de Boa Viagem em diversas ocasiões.

“Algum tempo depois, no dia 10 de junho de 1902, foi escolhido como intendente do Município de Boa Viagem pela Câmara Municipal, assumindo essa função no lugar de Quintiliano Rodrigues de Mesquita, permanecendo nela até ser exonerado no dia  9 de junho de 1903. Pouco tempo depois, no dia 10 de junho de 1903, depois de uma nova eleição, foi novamente escolhido pelo Poder Legislativo para assumir um novo mandato, continuando nessa função até o dia 20 de setembro de 1904, quando recebeu uma terceira nomeação. No dia 10 de junho de 1904 foi reconduzido pelos vereadores para o exercício da mesma função, permanecendo nela até o dia 9 de junho de 1905, quando foi substituído por Manoel de Assis Marinho, seu irmão… Nessa mesma época retornou ao comando da intendência do Município para gestão que ocorreria entre 1907 a 1910, falecendo em pleno exercício do mandato.” (SILVA JÚNIOR, 2013: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/francisco-de-assis-marinho-2/. Acesso no dia 25 de dezembro de 2023)

Era agropecuarista, residindo com a sua família na localidade de Taperinha, tendo ingressado na vida pública do Município de Boa Viagem na suplência de uma das cadeiras da Câmara Municipal de Boa Viagem para o mandato que ocorreu entre o dia 10 de junho de 1904 e foi encerrado no dia 10 de junho de 1908.

Imagem da Casa de Câmara e Cadeia do Município de Boa Viagem.

Na eleição municipal seguinte conseguiu ser eleito para legislatura que ocorreu entre 1908 e 1912.
Nessa legislatura, teve como companheiro o seu primo, João Alves Cavalcante, oriundo também da localidade de Taperinha.
Muito tempo depois, segundo informações existentes no livro C-10, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, folha 41, termo nº 3.776, faleceu no dia 12 de abril de 1964, aos 92 anos de idade, informação que não está em acordo com os dados paroquiais de nascimento e batismo.
Logo após o seu falecimento, depois das despedidas fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado por seus familiares em um mausoléu existente no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, no Centro da cidade de Boa Viagem.

BIBLIOGRAFIA:

  1. CAVALCANTE MOTA, José Aroldo. História Política do Ceará (1889-1930). Fortaleza: ABC, 1996.
  2. PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro dos casamentos. 1903-1910. Livro B-03. Folha 99v, Tombo nº 24.
  3. PEIXOTO, João Paulo M. & PORTO, Walter Costa. Sistemas Eleitorais no Brasil. Brasília: Instituto Tancredo Neves, 1987.
  4. SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Francisco de Assis Marinho. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/francisco-de-assis-marinho-2/. Acesso no dia 25 de dezembro de 2023.
  5. SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Sociedade Libertadora de Boa Viagem. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/sociedade-libertadora-de-boa-viagem/. Acesso no dia 25 de dezembro de 2023.