João Rodrigues de Castro e Silva nasceu no dia 8 de fevereiro de 1851 no Munícipio de Quixeramobim, que está localizado no Sertão Central do Estado do Ceará, distante 203 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de Francisco Rodrigues da Silva e de Felícia Maria de Jesus.
Os seus avós paternos se chamavam João Rodrigues da Silva e Maria de São José de Jesus, já os maternos eram André de Oliveira Tevez e Luzia de Castro Moura.
Poucos meses depois do seu nascimento, no dia 14 de julho, seguindo o costume da confissão religiosa de seus pais, em desobrigas na Fazenda Ramadinha, recebeu o sacramento do batismo pelas mãos do Pe. Jacinto Bezerra Borges de Menezes.
Na época do seu nascimento a vila de Boa Viagem, que era conhecida também pelo topônimo de “Cavalo Morto”, era apenas um minúsculo povoado existente dentro dos limites geográficos do Município de Quixeramobim, tendo recebido a sua autonomia política no dia 21 de novembro de 1864.
“Distrito criado com a denominação de Boa Viagem, ex-povoado de Cavalo Morto, pela lei provincial nº 1.025, de 18 de novembro de 1862. Elevado à categoria de vila com a denominação de Boa Viagem, pela lei provincial nº 1.128, de 21 de novembro de 1864, desmembrado de Quixeramobim.” (IBGE, 2000: Disponível em http://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=230240&search=ceara|boa-viagem|infograficos:-historico. Acesso no dia 13 de julho de 2017)
Pouco tempo antes disso, segundo informações existentes no livro B-01, pertencente à secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, página 66v, no dia 29 de outubro de 1868, em desobrigas na Fazenda Salgado, aos 17 anos de idade, diante do Pe. Francisco Ignácio da Costa Mendes, contraiu matrimônio com Maria Firmina do Espírito Santo, nascida no dia 3 de janeiro de 1854, sendo filha de José de Oliveira Tevês e de Maria Francisca do Espírito Santo.
De seu matrimônio foram gerados doze filhos, sendo eles: Francisco Rodrigues de Castro e Silva, Maria Rodrigues de Castro e Silva, Maria Felícia Rodrigues de Oliveira, José Rodrigues de Oliveira, João Rodrigues de Oliveira, Ângela Rodrigues de Oliveira, Anna Rodrigues de Oliveira, Joana Rodrigues de Oliveira, Sérgia de Oliveira Cavalcante, Manuel Rodrigues de Oliveira, Antônio Rodrigues de Oliveira e Antônia Felícia de Oliveira.
De acordo com o periódico O Cearense, edição do dia 6 de novembro de 1885, por ordem do Governo do Estado, recebeu nomeação para servir com o cargo policial de 3º suplente de delegado de Boa Viagem, sendo exonerado dessa atividade no dia 20 de setembro de 1888.
Foi um importante agropecuarista, possuindo a patente de coronel e influência política que projetou alguns de seus parentes no cenário político local, residindo com a sua família na localidade de Holanda.
“Dessa época, antes da emancipação política do Município de Boa Viagem, se destaca o nome de João Rodrigues de Castro e Silva, que era coronel da Guarda Nacional e segundo alguns de seus descendentes tinha amizade com o Imperador D. Pedro II, a quem regularmente costumava enviar malas de couro cheias de queijo em caravanas de mulas.” (SILVA JÚNIOR, 2017: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/holanda/. Acesso no dia 29 de dezembro de 2023)
Nos primeiros meses de 1912 prestou apoio ao projeto político de um de seus filhos, José Rodrigues de Oliveira, em conseguir uma das cadeiras da Câmara Municipal de Vereadores do Município de Boa Viagem, tendo exercido um segundo mandato entre 1916 a 1920.
Faleceu em sua propriedade, na zona rural do Município Boa Viagem, de acordo com informações existentes no livro C-03, pertencente à secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, termo nº 34, folha 32v, no dia 19 de abril de 1939, aos 88 anos de idade.
Logo após o seu óbito, depois das despedidas fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado por seus familiares no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, no Centro da cidade de Boa Viagem
BIBLIOGRAFIA:
- CAVALCANTE MOTA, José Aroldo. História Política do Ceará (1889-1930). ABC: Fortaleza, 1996.
- FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- PARÓQUIA DE SANTO ANTÔNIO DE QUIXERAMOBIM. Livro de registro dos batismos. 1903-1910. Livro A-10. Página 129v.
- PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro dos casamentos. 1863-1886. Livro B-01. Página 66v.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Holanda. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/holanda/. Acesso no dia 29 de dezembro de 2023.
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