João Norberto Mendes Machado nasceu no dia 12 de junho de 1855 no Município Quixeramobim, que está localizado no Sertão Central do Estado do Ceará, distante 203 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de Manoel Mendes Machado e de Ana Francisca do Espírito Santo.
Os seus avós paternos se chamavam Jacinto Mendes Machadinho e Maria Francisca da Paixão, já os maternos eram Francisco Luís Nunes Benevides e Isabel Maria do Espírito Santo.
Na época do seu nascimento a vila de Boa Viagem, que também era conhecida pelo topônimo de “Cavalo Morto”, era apenas um pequeno povoado existente dentro dos limites geográficos do Município de Quixeramobim:
“Distrito criado com a denominação de Boa Viagem, ex-povoado de Cavalo Morto, pela lei provincial nº 1.025, de 18 de novembro de 1862. Elevado à categoria de vila com a denominação de Boa Viagem, pela lei provincial nº 1.128, de 21 de novembro de 1864, desmembrado de Quixeramobim.” (IBGE, 2000: Disponível em http://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=230240&search=ceara|boa-viagem|infograficos:-historico. Acesso no dia 13 de julho de 2017)
Pouco tempo depois do seu nascimento, no dia 21 de novembro de 1864, contando apenas 9 anos de idade, o Município de Boa Viagem recebeu a sua tão desejada autonomia administrativa.
Mais tarde, no pleito eleitoral ocorrido em 1912, desejando entrar na vida pública, conquistou uma das cadeiras da Câmara Municipal de Vereadores para legislatura que ocorre entre 1912 a 1916.
Nessa legislatura, no dia 26 de junho de 1913, expediu correspondência informando ao Governo do Estado ter sido eleito pelos seus pares como presidente da mesa diretora, função ocupada por pouquíssimo tempo.
Depois disso, no dia 5 de maio de 1914, invocando o artigo 10 da lei nº 33, de 10 de novembro de 1892, possivelmente por conta da seca, no plenário da Câmara, foi informado por três dos seus companheiros da renuncia de seus mandatos, sendo eles: Manoel Herminio de Sousa Leitão, José Rodrigues de Oliveira e André Corsino do Vale.
Nesse período, em um curto espaço de tempo, ocorreram algumas turbulências políticas, quando os habitantes do Município foram pegos de surpresa com a renúncia de dois intendentes: Josias Barbosa Maciel e Benjamim Bastos.
Era agropecuarista, sendo proprietário da Fazenda Jerusalém e casado em primeiras núpcias com Leocádia Maria da Conceição, que era filha de Pedro José Nunes Benevides e de Maria Nunes de Sousa.
Desse matrimônio foram gerados dez filhos, sendo eles: Manoel Mendes Machado, Zacarias Mendes Machado, Maria Fausta de Jesus, Manoel Martins Mendes Machado, Senhorinha Mendes Machado, Antônio Mendes Machado, Francisca Isidora do Espírito Santo, Maria Mendes Machado, José Pedro Mendes Machado e José Mendes Machado.
No dia 18 de junho de 1918, juntamente com os seus filhos, foi surpreendido pelo inesperado falecimento de sua esposa.
Pouco tempo depois, em acordo com as informações existentes no livro B-05, pertencente à secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, página 108, termo nº 19, no dia 22 de fevereiro de 1919, diante do Mons. José Cândido de Queiroz Lima, contraiu matrimônio com Guilhermina Nunes de Sousa, nascida em 1876, sendo filha de Inácio José Fernandes e de Rosa Rodrigues Fernandes.
Desse matrimônio foram gerados cinco filhos, sendo eles: Francisca Isidora do Espírito Santo, Francisca Adelaide Machado, Antônio Mendes Machado, Maria Machado da Silva e Antônia Mendes Machado.
Mais tarde, conforme as informações existentes no livro C-03, pertencente à secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, página 69, termo nº 7, faleceu no dia 13 de fevereiro de 1944, aos 85 anos de idade, na localidade de Passagem.
Logo após o seu falecimento, depois das despedidas fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado por seus familiares no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, n° 295, no Centro da cidade de Boa Viagem.
BIBLIOGRAFIA:
- CAVALCANTE MOTA, José Aroldo. História Política do Ceará (1889-1930). ABC: Fortaleza, 1996.
- FERREIRA NETO, Cicinato. A Tragédia dos Mil Dias: A seca de 1877-79 no Ceará. Premius: Fortaleza, 2006.
- FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
- IBGE. História do Município de Boa Viagem. Disponível em http://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=230240&search=ceara|boa-viagem|infograficos:-historico. Acesso no dia 13 de julho de 2017.
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro dos casamentos. 1921-1922. Livro B-05. Página 108. Termo nº 19.
- PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro dos óbitos. 1932-1945. Livro C-03. Página 69. Termo nº 7.
- PEIXOTO, João Paulo M. & PORTO, Walter Costa. Sistemas Eleitorais no Brasil. Brasília: Instituto Tancredo Neves, 1987.
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