João Amaro da Costa nasceu por volta de 1841 no Sertão da Província da Paraíba, sendo filho de Amaro José Benevides e de Clarinda Maria da Conceição.
Alguns anos depois, não sabemos por qual motivo, migrou para o Município de Quixeramobim, que está localizado no Sertão Central do Estado do Ceará, distante 203 quilômetros da cidade de Fortaleza.
Na época do seu nascimento a vila de Boa Viagem, que também era conhecida pelo topônimo de “Cavalo Morto”, era apenas um pequeno povoado existente dentro dos limites geográficos do Município de Quixeramobim:
“Distrito criado com a denominação de Boa Viagem, ex-povoado de Cavalo Morto, pela lei provincial nº 1.025, de 18 de novembro de 1862. Elevado à categoria de vila com a denominação de Boa Viagem, pela lei provincial nº 1.128, de 21 de novembro de 1864, desmembrado de Quixeramobim.” (IBGE, 2000: Disponível em http://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=230240&search=ceara|boa-viagem|infograficos:-historico. Acesso no dia 13 de julho de 2017)
Mais tarde, no dia 25 de novembro de 1875, segundo informações existentes no livro B-01, página 135v, pertencente à secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, diante do Pe. Francisco Ignácio da Costa Mendes, contraiu matrimônio religioso com Isabel Rodrigues dos Reis, que nasceu por volta de 1855, sendo filha de João Francisco Oliveira e de Delfina Reis Oliveira.
Desse matrimônio foram gerados vários filhos, dentre eles destacamos: João Amaro da Costa Filho, Theóphfilo da Costa Oliveira, José Amaro da Costa, Collecto da Costa Oliveira, Manoel Amaro de Oliveira, Antônio Amaro Bezerra, Teodoro Amaro de Oliveira, Atanásio Amaro Bezerra, Joaquim Amaro Bezerra, Francisca Juliana da Conceição, João Evangelista Amaro de Oliveira, Lúcia Amaro da Costa, Maria Amaro Bezerra, Engrácia Francisca de Oliveira e Inácio Amaro de Oliveira.
Segundo informações existentes no Almanach Administrativo, Estatístico, Mercantil e Industrial do Estado do Ceará, foi um importante agropecuarista da região, mantendo constante comércio de algodão, aguardente, carne de sol e outros insumos com a Província de Pernambuco.
Durante muitos anos residiu com a sua família em uma localidade denominada de Jantar, de onde espalhou grande descendência e em 1888 construiu um importante represa.
“Foi durante esta flagelação que João Amaro, com o auxílio de escravos, fez grande açude ainda hoje existente na Fazenda Jantar, onde criava gados e cultivava a cana, milho e feijão, arroz, mandioca, batatas e frutas. Sua propriedade era uma espécie de oásis no meio do sertão adusto…” (BARROS LEAL, 1981: p. 94)
Segundo informações existentes no livro C-01, também pertencente à secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, faleceu em sua propriedade aos 73 anos de idade no dia 28 de agosto de 1914.
Logo após o seu falecimento, depois das despedidas fúnebres que são de costume, teve o seu corpo sepultado em um mausoléu da família que existe no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado da Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, no Centro da cidade de Boa Viagem.
BIBLIOGRAFIA:
- BARROS LEAL, Antenor Gomes de. Trágicos destinos. Editora Henriqueta Galeno, Fortaleza: 1981.
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro dos casamentos. 1863-1886. Livro B-01. Página 135v.
- PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro dos óbitos. 1893-1916. Livro C-01. Tombo nº 23. Página 88v.
HOMENAGEM PÓSTUMA:
- Em sua memória, nos últimos meses de 2019, alguns dos seus descendentes investiram esforços na edificação de um busto, que foi colocado na Praça Monsenhor José Cândido de Queiroz Lima, no Centro da cidade de Boa Vigem.
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