Jessé Alves da Silva Filho

Jessé Alves da Silva Filho nasceu no dia 26 de junho de 1964 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de Jessé Alves da Silva e de Maria de Lourdes da Silva Alves.
Os seus avós paternos se chamavam Sebastião Alves da Silva e Delfina Vieira da Silva, já os maternos eram  Antônio Vieira da Silva e Raimunda Mendes da Silva.
Iniciou a sua vida estudantil em uma das turmas do Instituto de Educação Paulo Moody Davidson, sendo matriculado logo depois na Escola de Ensino Fundamental Padre Antônio Correia de Sá e em seguida na Escola de Ensino Médio Dom Terceiro, onde concluiu o Ensino Fundamental.
Nos últimos anos da década de 1970, embora ainda não estivesse muito envolvido com as transformações políticas de sua época, acompanhou a projeção política de seu tio Benjamim Alves da Silva, que foi eleito vereador e chegou a ocupar o cargo de prefeito do Município de Boa Viagem por duas vezes, como também passou por duras perdas no seio de sua família.
No dia 30 de maio de 1977, juntamente com a sua família, foi surpreendido pelo trágico falecimento em um acidente automobilístico que envolveu o seu tio Samuel Alves da Silva, que também havia sido vereador e com quem o seu pai empreendia uma sociedade comercial que trazia gado do Estado de Goiás para ser abatido no FRIFOR – o Frigorífico Industrial de Fortaleza.
Pouco tempo depois, 
na noite do dia 24 de novembro de 1979, foi a vez de receber a notícia do acidente que envolveu o seu primo Hélio Alves da Silva, filho do seu tio que havia falecido há pouco tempo, e que também havia firmado uma sociedade com o seu pai no armazém de algodão.
Depois desses fatos, desejando prosseguir em seus estudos, foi encaminhado pelos seus pais para cidade de Fortaleza, onde concluiu o Ensino Médio, prestando vestibular para o curso de bacharelado em Administração de Empresas existente na UNIFOR – a Universidade de Fortaleza, onde depois de algum tempo trancou o curso.
Na noite do dia 6 de agosto de 1980, desejando fazer a sua profissão de fé como cristão, teve o seu nome aprovado pela assembleia de membros da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem, sendo batizado no culto de final de ano pelo Rev. Ezequiel Fragoso Vieira.
Regressando para a sua cidade natal, em sociedade com o seu primo, Marcos Roberto Alves Freitas, investiu na abertura de uma casa comercial de artigos para irrigação que tinha o nome de fantasia de Casa da Lavoura MARJES LTDA.

Imagem de uma das formações de nossa seleção.

Nessa época, por volta de 1983, bastante envolvido com o esporte amador, passou a compor o quadro de jogadores da seleção de futebol do Município de Boa Viagem, atuando na posição de goleiro até 1994, sendo conhecido no meio esportivo pelo apelido de “Firuca”.
Segundo informações existentes no livro B-9, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 4.161, folha 56v, no dia 18 de dezembro de 1992 contraiu matrimônio com Ana Maria Facundo Alves, que é nascida no dia 31 de dezembro de 1969, sendo filha de Francisco de Sales Facundo e de Maria Hilda Chagas Facundo.
Desse matrimônio foram gerados três filhos, duas mulheres e um homem, sendo eles, Taynan Facundo Alves, Taynara Facundo Alves e Jessé Alves da Silva Neto.
Depois disso, logo após a liquidação de sua sociedade comercial, juntamente com a sua esposa, passou a investir em uma construtora, que recebeu o nome de Conjasf – Construtora de Açudagem LTDA.
Pouco tempo depois, no pleito eleitoral que ocorreu no dia 1º de outubro de 2000, o primeiro a ser completamente informatizado no Município de Boa Viagem, desejando entrar na vida pública por meio de um mandato eletivo na Câmara Municipal de Vereadores, militando nos quadros políticos do PMDB – o Partido do Movimento Democrático Brasileiro, com a legenda nº 15.123, conseguiu ser eleito ao receber a confiança de 912 votos, ficando entre os três vereadores de maior preferência entre os eleitores.

Imagem de seu material de campanha.

Na eleição seguinte, que ocorreu no dia 3 de outubro de 2004, dessa vez compondo à bancada do PP – o Partido Progressista, com a legenda nº 11.222, buscando a sua reeleição, conseguiu ser reeleito ao receber 1.656 sufrágios, ficando novamente entre os três vereadores de maior votação dessa refrega.

Imagem de seu material de campanha.

Nessa legislatura, por motivos pessoais, solicitou da mesa diretora uma licença de três meses, oportunidade em que foi substituído por sua suplente, a Vereadora Maria Lúcia Costa Campos.
Em 18 de junho de 2008, depois de muitos anos em completa cegueira por conta da diabetes, partilhou com os seus familiares da irreparável perda de seu pai, que faleceu na cidade de Fortaleza aos 68 anos de idade.
Algum tempo depois, no dia 7 de outubro de 2012, em uma nova disputa eleitoral, depois de ter passado um tempo fora da vida pública, militando dentro dos quadros políticos do PSDB – o Partido da Social Democracia Brasileira, dessa vez com a legenda nº 45.555, seguiu para o seu terceiro mandato eletivo depois de receber 1.558 sufrágios, ficando entre os seis vereadores de maior votação dessa disputa.

Imagem de seu material de campanha.

Nessa legislatura, fez parte do grupo de vereadores que preferia o nome do Vereador José Anchieta Paiva Chaves como presidente da mesa diretora do primeiro biênio, fato que gerou uma polêmica eleição e criou uma facção naquela casa que foi denominada pela imprensa local de “Grupo dos Oito”:

“Passando alguns dias, tornou-se o presidente do bloco formado pelos oito vereadores que acompanharam o seu nome [referindo-se ao Vereador José Anchieta de Paiva Chaves], sendo eles: Ademir Carneiro de Freitas, Antônio Alves Barbosa Júnior, Arnaldo Cavalcante Lima, Jessé Alves da Silva Filho, José Airto Vieira Lima, Jovino Mendes Neto e Rosana Clotilde Vieira Fernandes.” (SILVA JÚNIOR, 2016: José Anchieta Paiva Chaves. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/jose-anchieta-paiva-chaves/. Acesso em 24 de outubro de 2016)

Depois disso, por meio das vias legais, esse grave imbróglio ético-político foi paulatinamente sendo sufocado pelos altos custos judiciais e por conta da lentidão de nossa justiça, que nunca julgou o caso, mas produziu algo de bom, pois forçou aos vereadores dessa legislatura a mudarem o regimento interno da Câmara, fazendo com que as eleições passassem a ser abertas.

Imagem da sessão da Câmara de Vereadores que ocorreu no meio da rua.

Nesse mandato, fez parte do bloco de vereadores que faziam oposição ao governo do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef.
No dia 29 de novembro de 2017, juntamente com a sua esposa, foram agraciados com o título de cidadania taboense, que foi concedido pela Câmara Municipal de Monsenhor Tabosa.

BIBLIOGRAFIA:

  1. FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
  2. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  3. PEIXOTO, João Paulo M.; PORTO, Walter Costa. Sistemas Eleitorais no Brasil. Brasília: Instituto Tancredo Neves, 1987.
  4. VIEIRA FILHO, José. Minha História, Contada por Mim. Fortaleza: LCR, 2008.