História do Distrito de Domingos da Costa

A FORMAÇÃO HISTÓRICA E POLÍTICA DO DISTRITO:

O Distrito de Domingos da Costa é o conjunto de 55 comunidades rurais que anteriormente pertenciam ao Distrito de Boa Viagem, tendo sido criado através da lei estadual nº 1.153, do dia 22 de novembro de 1951, na gestão do Prefeito Aluísio Ximenes de Aragão.

Imagem da placa de identificação da vila, em 2013.

Com a criação desse Distrito o povoado de Domingos da Costa, por sua maior capacidade de desenvolvimento econômico e social, foi elevado à condição de vila e deu nome ao Distrito.
Algum tempo depois de sua criação, de acordo com a lei municipal nº 37, de 29 de agosto de 1960, na gestão do Prefeito Dr. Gervásio de Queiroz Marinho, a vila do Distrito ficou com a seguinte delimitação:

“a) Perímetro Urbano: Nascente – Partindo da casa de Antenor Alberto segue por uma cerca de madeira em linha reta até a casa de Feliciano Ferreira; daí até a ponta esquerda da parede do açude de José Carneiro. Poente – Partindo da residência de Aldo Alberto da Costa segue em linha reta até a casa de Pedro Alberto. Norte – Da casa de Pedro Alberto segue em uma reta até a casa de Antenor Alberto. Sul – Partindo da ponta esquerda da parede do açude de José Carneiro segue numa reta até a casa de jacinto Mateus e daí para casa de Maria Joana.
b) Perímetro Suburbano: Nascente – Partindo da casa de Francisco Rodrigues, situada na margem direita da estrada de Boa Viagem para o Quixeramobim, segue numa reta acompanhando uma cerca de madeira, pertencente a Francisca Fonseca, até o Rio Quixeramobim. Norte – Daí segue rumo certo em direção a casa que pertence a Vitalício José de Oliveira, indo em direção a casa de Pedro Costa. Poente – Partindo deste em direção a casa de José Facundo (desocupada), daí em linha reta a casa de Aristóteles Pimenta. Sul – Partindo daí, segue em uma reta indo pelo caminho que fica do lado direito do açude de José Carneiro, até a casa que pertenceu a Frederica Pimenta (hoje José Carneiro).”

Sobre os primeiros habitantes dessa pequena vila o livro “Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender” nos dá a seguinte informação:

“Antes quase não havia casas, somente três famílias habitavam o lugar: Dona Francisquinha Barbosa – Professora; Sabino Pereira Lima (Sabino Cosmo) – Fundador da vila e dono do terreno até o ano de 1942; e os dois irmãos Zé Carneiro e Cordeiro, que eram comerciantes. Hoje os terrenos pertencem aos Albertos e a outros herdeiros. Naquela época o que mais prosperava era o comércio. Tinha de tudo, até farmácia, e o que mais dava lucro eram os tecidos. Tudo era transportado através de jumentos e burros. Eles compravam todos os tipos de cereais e, inclusive, o seu Zé Carneiro negociava com algodão e ajudava no sustento da família. Com a saída do Zé Carneiro, a comunidade enfraqueceu, pois o que reinava era o comércio. Hoje a terra pertence aos herdeiros.” (FRANCO & CAVALCANTE VIEIRA, 2007: p. 21-22)

A ETIMOLOGIA DE SEU TOPÔNIMO:

A origem toponímica desse local ainda é incerta, carecendo de mais pesquisas sobre o assunto, sobre isso o livro “Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender” traz a seguinte informação:

“O nome Domingos da Costa vem desde o século XVIII. Diz a lenda que os perseguidores do casal fundador de Boa Viagem chegaram a essa região e se arrancharam. Sendo um deles acometido por uma grave doença, resolveram voltar, dando assim as costas ao lugar e desistindo da perseguição. Deste modo, essa localidade passou a se chamar de Domingos da Costa. Existe a hipótese de ter morado alguém com este nome, pois reside atualmente gente da família Costa naquele lugar.” (FRANCO & CAVALCANTE VIEIRA, 2007: p. 21)

BIBLIOGRAFIA:

  1. FRANCO, G. A.; CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
  2. MACÊDO, Deoclécio Leite de. Notariado Cearense – História dos Cartórios do Ceará. V II. Fortaleza: Expressão Gráfica, 1991.
  3. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  4. PELOSI FALCÃO, Marlio Fábio. Dicionário Toponímico, Histórico e Geográfico do Nordeste. Fortaleza: Artlaser, 2005.
  5. VIEIRA FILHO, José. Minha História, Contada por Mim. Fortaleza: LCR, 2008.