Gardênia Maria Pereira de Oliveira nasceu no dia 4 de março de 1966 na cidade de Boa Viagem, que está localizada no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filha de João Pereira de Oliveira e de Alaíde Pereira de Oliveira.
Os seus avós paternos se chamavam Manoel Pedro de Oliveira e Maria Pereira de Oliveira, já os maternos se chamavam José Pereira da Silva e Maria Cristina da Silva.
Era solteira e foi acadêmica do curso de direito da UFC – a Universidade Federal do Ceará.
No dia 11 de março de 1986, quando vinha da faculdade, sofreu um atentado a bala em um ponto de ônibus, falecendo no dia 26 de maio, como explica a matéria publicada na página policial do Diário do Nordeste do dia 27 de maio:
“Morreu ao meio-dia de ontem em um dos leitos do Hospital Geral de Fortaleza, a acadêmica de direito da Universidade Federal do Ceará, Gardênia Maria Pereira de Oliveira, 20 anos, solteira. Ela havia sido vítima de um atentado a bala no dia 11 de março passado às 20h, na parada de ônibus da Avenida Duque de Caxias, em frente ao prédio da Teleceará. Ontem à tarde em sua residência, Rua Cônego de Castro, 56, Parangaba, a família da estudante reclamava que a polícia ainda não havia descoberto nada que conseguisse explicar o motivo do atentado, seu autor, ou qualquer outra pista que ajudasse a elucidar o mistério. Gardênia Maria era filha única do casal João Pereira de Oliveira e Alaíde Pereira de Oliveira, natural do Município de Boa Viagem, para onde o corpo seguiu ontem no final da tarde e será sepultado às 10h da manhã de hoje. Segundo Francisca Ila Silva de Almeida, tia da vítima, vinda de Petrolina para o enterro da sobrinha, ‘Gardênia era o orgulho da família, escolheu a justiça como a área onde queria atuar e foi brutalmente assassinada no Ano Internacional da Paz em um crime absurdo que até agora parece que ficará impune.’ O atentado à estudante foi muito estranho. Apesar dela estar cercada de populares na Duque de Caxias, ninguém conseguiu identificar o autor do disparo ou mesmo dizer de que direção a bala havia partido. O certo é que ela foi atingida pelas costas e depois transportada por dois populares ao Instituto José Frota. Imediatamente operada, resistiu por mais de dois meses ao ferimento que teve diversas implicações, acabando por fim em tirar-lhe a vida. Durante todo este tempo, quando Gardênia estava normalmente lúcida, nunca indicou saber porque havia sido baleada. Segundo sua família, era muito religiosa e em suas orações perdoou seu agressor, apesar dele agora ter uma dívida para com toda a sociedade. A tia Francisca Ila falou também que durante todo o tempo em que gardênia esteve internada, sua convalescênça foi acompanhada a distância através de telefonemas anônimos e informes desencontrados de pessoas interessadas em seu estado de saúde. Estas pessoas porém nunca se identificaram, ou quando o fizeram citavam nomes e locais que conferidos não correspondiam à verdade. Assim, a família suspeita que, de longe, o agressor acompanhava o seu estado de saúde, tendo algumas vezes demonstrado atitudes de quem fosse culpado, não desejava o desfecho do crime fatal. Na época do incidente, foi especulado um bilhete encontrado dentro do caderno escolar de Gardênia, quando surgiu a hipótese de que ela tivesse sido vítima de um crime passional. Ate agora a polícia não conseguiu encontrar nenhuma ligação entre o bilhete e o atentado, a não ser a real existência dos dois. Enquanto a família rezava e chorava sobre Gardênia, levemente maquiada em seu caixão, pediam apenas justiça para o assassinato, pois ali não estavas um corpo, mas a alegria de toda uma família.”
Logo após o seu falecimento o seu corpo foi trazido para cidade de Boa Viagem e depois das despedidas fúnebres que são de costume foi sepultado por seus familiares no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, Centro.
BIBLIOGRAFIA:
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
HOMENAGEM PÓSTUMA:
- Em sua memória, na gestão do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, através da lei nº 818, de 12 de dezembro de 2002, uma das ruas do Bairro de Nossa Srª de Fátima, na cidade de Boa Viagem, recebeu a sua nomenclatura.
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