Francisco Vieira Lima nasceu no dia 20 de dezembro de 1908 no Município de Catolé do Rocha, que está localizado no Sertão paraibano, distante 411 quilômetros da cidade de João Pessoa, sendo filho de Almiro João Vieira e de Maria Fernandes da Conceição.
Na época em que veio ao mundo residia com os seus pais nas proximidades de um povoado que era denominado de “Brejo dos Cavalos”, que algum tempo depois, ao receber a sua emancipação política, mudou o seu topônimo para “Brejo dos Santos.”
“O Distrito foi criado com a denominação de Brejo dos Santos, pela lei estadual nº 2.641, de 20 de dezembro de 1961, subordinado ao Município de Catolé do Rocha. Foi elevado à categoria de Município com a denominação de Brejo dos Santos pela lei estadual nº 3.320, de 3 de junho de 1965, desmembrado de Catolé do Rocha, com sede no atual Distrito de Brejo dos Santos. O Município foi instalado em 27 de dezembro de 1966.” (IBGE, 2000: Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=250290&search=paraiba|brejo-dos-santos|infograficos:-historico. Acesso no dia 29 de outubro de 2017)
Era conhecido pelo apelido de “Chico Ermínio” e em 1924, aos dezesseis anos de idade, juntamente com os seus pais, fixou residência na zona rural do Município de Boa Viagem, no Estado do Ceará, em uma localidade que é denominada de Santa Vida.
No dia 5 de dezembro de 1940, segundo informações existentes no livro B-10, pertencente à secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, tombo nº 17, página 13v, diante do Mons. José Gaspar de Oliveira, aos 32 anos de idade, contraiu matrimônio religioso com Maria Mercês Mendes, que era nascida no dia 24 de fevereiro de 1926, sendo filha de Manoel Mendes Machado e de Maria Amélia Mendes.
Dessa união nasceram 7 filhos, quatro homens e três mulheres, sendo eles: José Mendes Vieira, Manoel Mendes Vieira, Maria Mendes Vieira, Antônio Mendes Vieira, Iraci Vieira Estivale, Francisca Mendes Vieira e Ricardo Mendes Vieira.
Mais tarde, na eleição municipal ocorrida no dia 3 de outubro de 1950, desejando entrar na vida pública por meio de um mandato eletivo na Câmara Municipal de Vereadores, militando nos quadros políticos da UDN – a União Democrática Nacional, conseguiu receber a confiança de apenas 102 eleitores, ficando na segunda suplência de seu partido.
Pouco tempo depois, por conta de problemas na documentação do candidato eleito Eduardo Patrício de Almeida, assumiu a sua cadeira no Poder Legislativo até o dia 16 de novembro de 1953, ficando inconformado com a decisão do presidente da mesa diretora da Câmara em ter acatado a decisão do juiz eleitoral, fato que ficou registrado da página 43 à página 44v do livro de atas da Câmara Municipal:
“Declarando a seguir, o sr. presidente deu posse ao Vereador Eduardo Patrício de Almeida. Em seguida os Vereadores Ataciso Cavalcante Mota, Luiz Araújo, João Abreu Lima, Joaquim Pereira Cavalcante e o suplente de vereador, Francisco Vieira Lima, retiraram-se do recinto da sessão por não concordarem com o ato do presidente… Com data de 13 de novembro, mas só hoje recebido pelo sr. presidente, foi apresentado pelo suplente, o Vereador Francisco Vieira Lima, o requerimento solicitando a cassação do mandato do Vereador Eduardo Patrício de Almeida… Nesta ocasião, foi entregue o livro de presença para todos assinarem até que, ao chegar às mãos do Vereador Ataciso Cavalcante Mota, depois de assinar, chamou o suplente de vereador já afastado do exercício para assinar, e neste ato, contra o Vereador Eduardo Patrício de Almeida, foi agredido em palavras com o maior despautério humano… o suplente de vereador foi mandado afastar-se, e puxando o livro o deixou em pedaços, porque Cassimiro Nogueira Filho, secretário da prefeitura, e o Sr. Aluísio Ximenes de Aragão quiseram o tomar de suas mãos.”
Depois desse fato os vereadores da bancada do PSP – o Partido Social Progressista, se recusaram em assinar o livro de atas.
Nos primeiros meses de 1962, desejando melhores condições de subsistência, resolveu seguir o destino de muitos nordestinos migrando com a sua família para cidade de São Bernardo do Campo, no Estado de São Paulo, onde começou a trabalhar como vigilante em uma empresa de telefonia denominada de CETEL.
Faleceu na cidade de São Bernardo do Campo em 20 de dezembro de 1978, no dia em que comemorou 70 anos de idade.
Logo após o seu falecimento, depois das despedidas fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado por seus familiares no Cemitério Municipal do Bairro Paulicéia, que está localizado na Rua Júlio de Mesquita, nº 1.055, no Bairro Paulicéia, na cidade de São Bernardo do Campo, no Estado de São Paulo.
BIBLIOGRAFIA:
- FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
- IBGE. A História do Município de Brejo dos Santos. Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=250290&search=paraiba|brejo-dos-santos|infograficos:-historico. Acesso no dia 29 de outubro de 2017.
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro de casamentos. 1939-1943. Livro B-10. Tombo nº 17. Página 13v.
- VIEIRA FILHO, José. Minha História, Contada por Mim. Fortaleza: LCR, 2008.
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