Francisco de Assis Marinho Filho nasceu no 5 de março de 1891 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de Francisco de Assis Marinho e de Eugênia Vieira da Costa.
Os seus avós paternos se chamavam Antônio Marinho Falcão e Maria Ignácia de Jesus, já os maternos eram Miguel Antônio da Costa e Joana Freire da Costa.
Algum tempo depois do seu nascimento, no dia 12 de fevereiro de 1896, seguindo os costumes da confissão religiosa de seus pais, foi batizado na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem pelo Pe. Antônio Jatay de Sousa.
Entre os anos de 1902 e 1910, entrando em sua adolescência, acompanhou a meteórica ascensão política de seu pai, que por duas vezes assumiu à intendência municipal e uma das cadeiras da Câmara Municipal de Vereadores.
Alguns anos depois, segundo informações existentes no livro B-05, pertencente à secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, tombo 44, folha 87v, no dia 18 de julho de 1918, com 27 anos de idade, diante do Mons. José Cândido de Queiroz Lima, contraiu matrimônio com Maria Escolástica Marinho, nascida em 1902, que era conhecida por “Neném”, sendo filha de Severino Ferreira Brasil e de Antônia Maria do Espírito Santo.
Desse matrimonio foram gerados vinte e cinco filhos, destes apenas quinze conseguiram sobreviver, seis mulheres e nove homens, sendo eles: Odete Marinho, Nenzinha Marinho, Amadeu Marinho, Nélson Marinho, Maria Dolores Marinho Verçosa, Miguel Marinho, Zenor Marinho, Antônio Marinho, Válter Marinho, Lindete Marinho, Eugênia Marinho, Severiano Marinho, Albano Marinho, Bonfim Marinho e Auxiliadora Marinho.
Depois de casado, passou a residir com a sua família em uma localidade que era denominada de Cachoeira, atualmente conhecida como Capitão-Mor, aonde permaneceu até 1932, quando passou a morar na Fazenda Ponte, herança de seu avô materno:
“Chico França foi um agropecuarista notável, conhecido e respeitado em todo o Sertão Central e em outras regiões como: Maranguape, Serra Grande, Tamboril, Crateús e, no Estado do Piauí, tinha grandes amigos.” (MARINHO, 2014: p. 91)
Nessa propriedade, por conta das constantes estiagens, em um importante gesto humanitário, costumava abrigar os andarilhos que errantes buscavam refúgio em suas terras:
“O que mais me chamava a atenção era a sua forma humana de receber e dar abrigo a todos os andarilhos que lá chegavam e eram tão bem recebidos que muitos por lá ficavam; e, com o decorrer do tempo, passavam a ser de sua confiança, tornando-se mais um membro da família do patriarca.” (MARINHO, 2014: p. 91)
Segundo as informações contidas no relatório do Recenseamento dos Estabelecimentos Rurais do Estado do Ceará, documento que foi publicado no dia 1º de setembro de 1920 pelo Ministério da Agricultura, Comércio e Indústria, página 35, era agropecuarista e a sua propriedade estava localizada em um local denominado de Cachoeirinha.
No pleito eleitoral que ocorreu no dia 3 de outubro de 1950, desejando seguir o mesmo caminho de alguns dos seus ancestrais, filiado nos quadros políticos da UDN – a União Democrática Nacional, colocou o seu nome na disputa por uma das vagas do Poder Legislativo, ficando na sexta suplência de seu partido e obtendo a confiança de apenas 40 eleitores.
Faleceu em sua propriedade, no Município de Boa Viagem, aos 84 anos de idade, no dia 16 de outubro de 1979.
Logo após o seu falecimento, depois das despedidas fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado por seus familiares em um mausoléu existente no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, no Centro da cidade de Boa Viagem.
HOMENAGEM PÓSTUMA:
- Em sua memória, na gestão do Prefeito José Vieira Filho – o Mazinho, através da lei nº 459, de 21 de março de 1988, uma das ruas do Bairro Alto da Queiroz, na cidade de Boa Viagem, recebeu a sua nomenclatura;
- Em sua memória, na gestão do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, através da lei n° 763, de 4 de outubro de 2001, uma escola da rede municipal recebeu a sua denominação.
BIBLIOGRAFIA:
- FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
- MARINHO, Antônia de Lima. A Filha do Nordeste e Frutos Nordestinos. Boa Viagem: Máximos Impressões Gráficas, 2015.
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro de batismos. 1896-1898. Livro A-07. Tombo 23. Página 38.
- PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro de casamentos. 1921-1922. Livro B-05. Tombo 44. Página 87v.
- TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO CEARÁ. Primeiras Eleições e Acervo Documental. Fortaleza: TRE, 2007.
Pingback: Rua Francisco de Assis Marinho | História de Boa Viagem
Pingback: JANEIRO | História de Boa Viagem
Pingback: OUTUBRO | História de Boa Viagem
Pingback: Francisco de Assis Marinho | História de Boa Viagem
Pingback: BIOGRAFIAS | História de Boa Viagem
Pingback: Edoque Mendes Verçosa | História de Boa Viagem
Pingback: MARÇO | História de Boa Viagem
Pingback: Ponte | História de Boa Viagem
Pingback: Açude da Fazenda Ponte | História de Boa Viagem
Pingback: Eugênia Vieira da Costa | História de Boa Viagem