Francisca Umbelina de Magalhães

Francisca Umbelina de Magalhães nasceu em data ignorada no Município de Quixeramobim, que está localizado no Sertão do Estado do Ceará, distante 203 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filha de Francisco Teixeira de Magalhães e de Vicência de Leitão Arnaud.
Os seus avós paternos se chamavam Francisco Teixeira Magalhães e Almeida e Bernardina Tomásia Pereira, já os maternos eram Cosme de Leitão Arnoso e Laura Maria de Jesus Leitão.
Segundo informações existentes no livro B-09, pertencente à secretaria da Paróquia de Santo Antônio de Quixeramobim, página 155, no dia 11 de maio de 1814, na Capela de Nossa Senhora da Boa Viagem, no povoado de Boa Viagem, diante do Pe. Gonçalo Luís Ramalho, contraiu matrimônio com Bernardo Marinho Falção, nascido por volta de 1781 em Riacho do Sangue, atual Solonópole, sendo filho do Capitão Manoel de Melo Pereira e de Teresa Maria de Melo.
Desse matrimônio foram gerados vários filhos, dentre eles destacamos: Francisco Marinho Falcão, José Marinho Falcão, João Marinho Falcão, Joaquim Marinho Falcão, Martiniano Marinho Falcão, Antônio Marinho Falcão, Pedro Marinho Falcão, João Marinho Mello Falcão e Maria de Nazareth Marinho.
Durante muito tempo residiu em uma localidade denominada de Lajes, sendo reconhecida nos livros paroquiais de Quixeramobim e de Boa Viagem como proprietária de escravos.
Nessa época, no dia 21 de novembro de 1864, o Município de Boa Viagem recebeu a sua autonomia política, sendo desmembrada do Município de Quixeramobim, necessitando urgentemente de um local para que ocorressem as reuniões de seus vereadores.
Pouco tempo depois da posse desses vereadores, no dia 24 de janeiro de 1865, por meio de um ofício, a referida promoveu a doação de um imóvel para instalação da Câmara Municipal de Vereadores de Boa Viagem nas proximidades da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem.

“Em 1865, Dona Francisca Umbelina de Magalhães doara à Câmara que fora criada… na quadra da Matriz, construída de tijolo e cal, com quatro portas de frente, para nele funcionar a dita Câmara. Finando-se a doadora procedeu-se o inventário da partilha de seus bens, os quais, em número de oito, venderam as suas partes ao cidadão Delfino Alves Pinheiro e Lima.” (SILVA JÚNIOR, 2015: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/camara-municipal-de-vereadores/. Acesso no dia 20 de junho de 2020)

Depois dessa doação, diante do seu inesperado falecimentos e da falta de interesse dos vereadores, alguns de seus filhos, mesmo aqueles que ingressaram na vida pública por meio de um mandato eletivo, impediram a concretização dessa oferta ao Município, negociando esse imóvel algum tempo depois com Delfino Alves Pinheiro e Lima, que era secretário da Câmara.

BIBLIOGRAFIA:

  1. SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Câmara Municipal de Vereadores. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/camara-municipal-de-vereadores/. Acesso no dia 20 de junho de 2020.
    NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.