Feliciano Alves de Oliveira nasceu no dia 26 de dezembro de 1838 no Município de Quixeramobim, que está localizado no Sertão de Canindé, distante 203 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de Manoel de Oliveira.
Na época do seu nascimento a vila de Boa Viagem, que também era conhecida pela alcunha de “Cavalo Morto”, era apenas uma minúscula localidade existente dentro dos limites geográficos pertencentes ao Município de Quixeramobim.
“Distrito criado com a denominação de Boa Viagem, ex-povoado de Cavalo Morto, pela lei provincial nº 1.025, de 18 de novembro de 1862. Elevado à categoria de vila com a denominação de Boa Viagem, pela lei provincial nº 1.128, de 21 de novembro de 1864, desmembrado de Quixeramobim.” (IBGE, 2000: Disponível em http://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=230240&search=ceara|boa-viagem|infograficos:-historico. Acesso no dia 13 de julho de 2017)
No dia 3 de novembro de 1864, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, contraiu matrimônio com Vicência Maria de Farias, também nascida em 1838, com quem gerou Maria de Oliveira Uchôa.
Pouco tempo depois, entre os anos de 1877 e 1881, depois que o Município de Boa Viagem conseguiu a sua autonomia política, ficou na suplência de uma das cadeiras do Poder Legislativo de Boa Viagem, assumindo a função de vereador ocasionalmente, quando ocorria a ausência do titular.
Nessa legislatura, juntamente com os outros edis, enfrentou grandes desafios, dentre elas uma grande seca, que ficou conhecida como a “seca dos 1000 dias”, ocorrida entre 1877 e 1879.
“Todas as correspondências enviadas do interior da província nos primeiros anos de seca tinham em comum os espantosos relatos acerca da terrível condição dos moradores do sertão, mesmo os que podiam ser chamados de pessoas de posse… a solução foi a emigração em massa. Os pequenos e médios proprietários abandonaram terras e venderam ou trocaram seus escravos.” (FERREIRA NETO, 2006: p. 69)
No dia 15 de janeiro do primeiro ano de sua gestão, por conta dessa estiagem, alguns vereadores solicitaram o adiamento de suas posses, sendo que muitos deles não compareciam às reuniões, passando a Câmara de Vereadores dois anos sem funcionar, quando até as arrematações dos impostos camarários foram desprezadas diante da falta de interessados, deixando as contas e outras responsabilidades do Município em atraso.
BIBLIOGRAFIA:
- CAVALCANTE MOTA, José Aroldo. História Política do Ceará (1889-1930). ABC: Fortaleza, 1996.
- IBGE. História do Município de Boa Viagem. Disponível em http://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=230240&search=ceara|boa-viagem|infograficos:-historico. Acesso no dia 13 de julho de 2017.
- FERREIRA NETO, Cicinato. A Tragédia dos Mil Dias: A seca de 1877-79 no Ceará. Premius: Fortaleza, 2006.
- PEIXOTO, João Paulo M. & PORTO, Walter Costa. Sistemas Eleitorais no Brasil. Brasília: Instituto Tancredo Neves, 1987.
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