Edoque Mendes Verçosa

Edoque Mendes Verçosa nasceu no dia 26 de agosto de 1927 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de José Joaquim Verçosa e de Josefa Mendes Uchôa.
Os seus avós paternos se chamavam Joaquim Félix Verçosa e Antônia Maria do Espírito Santo, já os maternos eram José Pedro Mendes Machado e Margarida Francelina de Jesus.
Alguns dias depois do seu nascimento, aos 11 dias de setembro, seguindo o costume da confissão religiosa de seus pais, recebeu o batismo pelas mãos do Mons. José Cândido de Queiroz Lima.
Ainda sabemos pouca coisa de sua infância, que deve ter sido muito difícil por conta da profissão de seus pais, que eram agricultores, até que, em 1939, sofreu a terrível perda de sua mãe, fato que o obrigou a um amadurecimento precoce:

“Nascido em uma família de agricultores, teve uma infância marcada por momentos de muita luta e dedicação aos irmãos, pois ficou órfão de mãe aos doze anos de idade.” (MARINHO, 2014: p. 68)

Nesse mesmo ano, desejando melhores condições para sua sobrevivência, passou a residir na Serra do Baturité em uma propriedade pertencente aos herdeiros do Dr Guilherme Chambly Studart, o Barão de Studart, aonde gerenciava uma propriedade que produzia café.
Algum tempo depois, já em sua juventude, testemunhou a crise internacional ocasionada por conta da II Guerra Mundial, fazendo parte do grupo dos boa-viagenses que foram recrutados para compor às fileiras de nosso exército.
Na caserna, quando estava prestes a ser embarcado para o continente europeu, recebeu a feliz notícia do término do conflito mundial, mesmo assim conseguiu continuar engajado nas forças armadas.

“Natural desta terra, iniciou suas atividades como motorista do Exército, em Fortaleza, por volta de 1944. Em 1952, retornou a Boa Viagem e aqui começou a trabalhar em seu caminhão, encerrando em 1985.” (NASCIMENTO, 2002: p. 256)

Algum tempo depois, nos primeiros anos da década de 1950, resolveu retornar para o Município de Boa Viagem, voltando às suas atividades no campo, onde continuou a sua vida como agropecuarista na Fazenda Ponte e no Barbatão:

“Sempre amante do trabalho, foi um dedicado agropecuarista, cuidando, especialmente, da cultura do algodão e do ramo de marchante. Proprietário de caminhão, fazia horário, transportando pessoas, algodão, gado, gênero alimentício (para abastecer o comércio local) e os malotes da Agência dos Correios de Boa Viagem. Comercializou cal e couro de animais, possuía posto de combustível e frigorífico, com venda de carnes de gado, aves e caprinos.” (MARINHO, 2014: p. 69)

Nessa mesma época, no dia 4 de novembro de 1951, de acordo com as informações existentes no livro B-13, pertencentes ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 1.942, folha 172v, contraiu matrimônio com Maria Dolores Marinho Verçosa, que era nascida no dia 24 de novembro de 1924, sendo filha de Francisco de Assis Marinho com Maria Escolástica Marinho.

Imagem da residência de Edoque Mendes Verçosa, em 2021.

Desse casamento foram gerados dez filhos, seis mulheres e quatro homens, sendo eles: Maria Rosimar Marinho Verçosa, Antônio Rosualdo Marinho Verçosa, Eudócia Maria Marinho Jacinto, Rosângela Marinho Verçosa, Antônia Rosalba Marinho Verçosa, Solange Marinho Verçosa, Antônio Virgílio Marinho Verçosa, Antônio Rosálio Marinho Verçoca, Ana Régia Verçosa Marinho e Eudócio Marinho Verçosa.
Algum tempo depois passou a residir com a sua família na Rua 21 de Novembro, s/nº, no Bairro José Rosa.
Faleceu no Hospital Geral Dr. César Cals, na cidade de Fortaleza, vítima de um ataque do miocárdio e infecção respiratória, aos 80 anos de idade, no dia 31 de julho de 2007.
Logo após o seu falecimento o seu corpo foi trazido para cidade de Boa Viagem, aonde recebeu as formalidades fúnebres que são de costume, em seguida foi levado ao mausoléu da família que existe no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, no Centro da cidade de Boa Viagem.

BIBLIOGRAFIA:

  1. MARINHO, Antônia de Lima. A Filha do Nordeste e Frutos Nordestinos. Boa Viagem: Máximos Impressões Gráficas, 2015.
  2. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  3. PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro de batismos. 1927-1929. Livro A-18. Tombo nº 459. Página 25v.

HOMENAGEM PÓSTUMA:

  1. Em sua memória, na gestão do Prefeito José Vieira Filho – o Mazinho, através da lei nº 985, de 19 de dezembro de 2007, uma das ruas do Bairro Floresta, na cidade de Boa Viagem, recebeu a sua nomenclatura.