Cunegundes Alves da Silva

Cunegundes Alves da Silva nasceu no Município de Quixeramobim, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 203 quilômetros da cidade de Fortaleza.
Na época do seu nascimento a vila de Boa Viagem, que também era conhecida pela alcunha de “Cavalo Morto”, era apenas uma minúscula localidade existente dentro dos limites geográficos pertencentes ao Município de Quixeramobim.

“Distrito criado com a denominação de Boa Viagem, ex-povoado de Cavalo Morto, pela lei provincial nº 1.025, de 18 de novembro de 1862. Elevado à categoria de vila com a denominação de Boa Viagem, pela lei provincial nº 1.128, de 21 de novembro de 1864, desmembrado de Quixeramobim.” (IBGE, 2000: Disponível em http://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=230240&search=ceara|boa-viagem|infograficos:-historico. Acesso no dia 13 de julho de 2017)

No dia 9 de janeiro de 1869, segundo informações existentes no livro B-01, pertencente à secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, página 69v, na Fazenda Pitombeira, diante do Pe. Francisco Ignácio da Costa Mendes, contraiu matrimônio com Ana Quitéria do Sacramento.
Mais tarde, em conformidade com as informações existentes no jornal A Constituição, ano X, nº 170, edição do dia 22 de novembro de 1872, página 2, ocupou uma das cadeiras do Poder Legislativo do Município de Boa Viagem na segunda legislatura daquela casa, que foi de 1873 a 1877.

Imagem da Casa de Câmara e Cadeia do Município de Boa Viagem.

Nessa legislatura, que teve início em julho de 1873, o Município passou por uma estiagem e os produtores sofreram com graves problemas financeiros, mesmo assim, no exercício de seu mandato, deu apoiou a execução das seguintes ações: o recebimento de um imóvel para servir de cadeia, uma doação que foi realizada por José Duarte de Araújo; o recebimento de doação financeira feita por Ana Gonçalves Leal para construção de uma Casa de Cadeia e Câmara; o acompanhamento da arrematação e aplicação dos impostos camarários, entre eles o da décima urbana; o acompanhamento da adequação do comércio do Município ao novo sistema de pesos e medidas determinado pelo Governo Imperial; a aprovação do orçamento para manutenção da escola existente na vila; o acompanhamento da comunicação com o Governo da Província sobre os produtos cultivados no Município; o acompanhamento da resolução do litígio de limites com o Município de Tamboril, quando Boa Viagem perdeu autonomia sobre o perímetro do povoado de Telha, atual cidade de Monsenhor Tabosa.
Em acordo com o jornal O Cearense, informativo do órgão liberal, ano XXIX, número 45, edição do dia 10 de junho de 1875, foi exonerado da função de subdelegado de Olinda, atual Jacampari.

BIBLIOGRAFIA:

  1. CAVALCANTE MOTA, José Aroldo. História Política do Ceará (1889-1930). ABC: Fortaleza, 1996.
  2. FERREIRA NETO, Cicinato. A Tragédia dos Mil Dias: A seca de 1877-79 no Ceará. Premius: Fortaleza, 2006.
  3. IBGE. História do Município de Boa Viagem. Disponível em http://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=230240&search=ceara|boa-viagem|infograficos:-historico. Acesso no dia 13 de julho de 2017.
  4. PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de tombo de casamentos – 1863/1886. Livro B-01, Página 69v.
  5. PEIXOTO, João Paulo M. & PORTO, Walter Costa. Sistemas Eleitorais no Brasil. Brasília: Instituto Tancredo Neves, 1987.
  6. VIEIRA JÚNIOR, Antônio Otaviano. Entre Paredes e Bacamartes. História da Família no Sertão (1780-1850). Edições Demócrito Rocha: Fortaleza, 2004.

2 pensou em “Cunegundes Alves da Silva

  1. Pingback: Administração de 1873 – 1877 | História de Boa Viagem

  2. Pingback: BIOGRAFIAS | História de Boa Viagem

Deixe um comentário