Brígido Alves de Morais nasceu no dia 17 de maio de 1890 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de Roberto Alves da Silva e de Maria Francelina de Morais.
Pouco tempo depois do seu nascimento, no dia 20 de outubro, seguindo os costumes da confissão religiosa de seus pais, na Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que está localizada na vila de Ibuaçu, que nessa época era chamada de Socorro, recebeu o sacramento do batismo das mãos do Pe. José Antônio Cavalcante.
Passou parte de sua infância residindo nas proximidades da vila do Jacampari, o Distrito onde nasceu.
Segundo informações existentes no livro B-04, pertencente à secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, tombo nº 62. folha 93, no dia 19 de julho de 1913, diante do Mons. José Cândido de Queiroz Lima, contraiu núpcias com uma de suas primas, que se chamava Maria Jacinto de Morais, nascida em 1892, sendo filha de José Jacinto de Araújo e de Laurinda Maria de Jesus.
Desse matrimônio foram gerados oito filhos, quatro homens e quatro mulheres, sendo eles: Francisco Brígido Alves de Morais, Maria Carminha de Morais, João Alves de Morais, Regina Alves de Morais, Maria Alves de Morais, Raimundo Alves de Morais, Adelino Alves de Morais e Luíza Alves de Morais.
Mais tarde, no dia 26 de fevereiro de 1930, segundo informações existentes no livro C-02, página 98, tombo nº 18, existente na secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, a sua esposa veio repentinamente a óbito com apenas 38 anos de idade.
Nessa época, de acordo com as informações fornecidas por alguns de seus contemporâneos, sem assistência médica, a sua esposa faleceu por conta de um parto de gêmeos.
Pouco tempo depois, estando viúvo, contraiu um novo matrimônio, dessa vez com a sua cunhada, Francisca Hermilina de Morais, que era nascida no dia 12 de dezembro de 1897.
Desse novo relacionamento conjugal foram gerados mais seis filhos, três homens e três mulheres, sendo eles: Maria do Socorro Alves de Morais, Zacarias Alves de Morais, Isabel Alves de Morais, Antônio Alves de Morais, Afonso Alves de Morais e Jacinta Morais de Freitas.
Durante muitos anos foi um dos prósperos agropecuaristas de nossa região e a sua fazenda estava localizada em uma serra que é popularmente conhecida como Facão, residindo nesse tempo em uma localidade que ainda é denominada de Bela Aliança.
Nesse local, mesmo enfrentando grande dificuldade, não media esforços para garantir a educação de seus filhos e aos poucos, devido as intempéries do clima, se obrigou a permitir que muitos deles partissem para outros Estados da federação.
Era um cidadão muito querido e conhecido por fazer caridade aos mais pobres, que procuravam oportunidade de trabalho em sua propriedade. Ainda hoje uma localidade do Município é denominada de “Saco do Brígido”, em referência ao seu nome.
Na cidade de Boa Viagem, onde passou a residir com alguns dos seus filhos, construiu uma pequena casa na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 43, esquina com a Rua Brígido Alves de Morais, no Bairro Vila Azul.
De acordo com as informações existentes no livro C-10, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 3.806, folha 46, o seu falecimento ocorreu na sua residência às 14 horas do dia 4 de julho de 1964, aos 74 anos de idade.
Logo após o seu falecimento, depois das despedidas fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado por seus familiares no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, no Centro da cidade de Boa Viagem.
BIBLIOGRAFIA:
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro dos batismos. 1885/1891. Livro A-05. Página 155.
- PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro dos casamentos. 1910/1913. Livro B-04. Tombo 62. Página 93.
- PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro dos óbitos. 1916/1931. Livro C-02. Tombo 18. Página 98.
HOMENAGEM PÓSTUMA:
- Em sua memória, na gestão do Prefeito José Vieira Filho – o Mazinho, através da lei nº 139, de 12 de março de 1970, uma das ruas que se estendem pelos Bairros Centro e Vila Azul recebeu a sua nomenclatura;
- Em sua memória, na gestão do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, através da lei nº 763, de 4 de outubro de 2001, uma escola da rede municipal recebeu a sua denominação.
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