Belarmino Matias Carneiro

Belarmino Matias Carneiro nasceu em 1840 no Estado do Piauí, sendo filho de José Matias Carneiro e de Josefa Maria de Oliveira.
Era capitão da Guarda Nacional, recebendo a sua primeira carta patente no dia 5 de junho de 1868, quando foi nomeado alferes, figurando no Quarteirão da Tapera.
A Guarda Nacional era uma companhia de homens que estava disponível para qualquer ação militar determinada pelo Governo da Província, possuindo importante participação na Guerra do Paraguai.
Mais tarde, com a criação do Município de Boa Viagem, por meio do decreto nº 4.520, de 28 de abril de 1870, foi criado 52º Batalhão de Infantaria, sendo desmembrado do Município de Quixeramobim:

“A Guarda Nacional foi uma força paramilitar organizada por lei no Brasil durante o período regencial, em agosto de 1831, para servir de ‘sentinela da constituição jurada’, e desmobilizada em setembro de 1922. No ato de sua criação lia-se: ‘Com a criação da Guarda Nacional foram extintos os antigos corpos de milícias, as ordenanças e as guardas municipais.’ Em 1850 a Guarda Nacional foi reorganizada e manteve as suas competências subordinadas ao ministro da Justiça e aos presidentes de província. Em 1873 ocorreu nova reforma que diminuiu a importância da instituição em relação ao Exército Brasileiro. Com o advento da República a Guarda Nacional foi transferida em 1892 para o Ministério da Justiça e Negócios Interiores. Em 1918 passou a Guarda Nacional a ser subordinada ao Ministério de Guerra através da organização do Exército Nacional de 2ª Linha, que constituiu de certo modo sua absorção pelo Exército.” (S.N.T)

Era agropecuarista e conforme informações existentes no livro B-01, destinado ao registro dos casamentos da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, página 185, no  dia 3 de setembro de 1884, na localidade de Lajes, em uma cerimônia que foi celebrada pelo Pe. Raimundo Teles de Sousa, contraiu matrimônio com Maria da Glória Carneiro Costa, que era filha de Manoel da Costa Freire e de Maria Carolina de Paula.
Desse matrimônio foram gerados diversos filhos, dentre eles destacamos: Josefa Carneiro Costa, Regina Carneiro Costa e Belarmino Matias Carneiro Filho.
Algum tempo depois, estando viúvo, contraiu matrimônio com Francisca Fernandes Carneiro, com quem gerou: Carlos Matias Carneiro, Júlia Carneiro Facundo, Salviano Matias Carneiro, Francisca Sousa Lobo, César Matias Carneiro e João Matias Carneiro.

BIBLIOGRAFIA:

  1. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  2. PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro dos casamentos. 1863 – 1886. Livro B-01. Página 185.
  3. SIMÃO, Marum. Quixeramobim: Recompondo a História. Fortaleza: MULTIGRAF, 1996.

HOMENAGEM PÓSTUMA:

  1. Em sua memória, embora não possuindo força de lei, uma das ruas da vila de Olho d’Água dos Facundos, na zona rural do Município de Boa Viagem, recebeu a sua nomenclatura.

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