Aureliano Verçosa Lima

Aureliano Verçosa Lima nasceu no dia 18 de agosto de 1935 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de Pedro Verçosa Lima e de Maria de Jesus Verçosa Lima.
Os seus avós paternos se chamavam Manoel Verçosa Lima e Maria Joana da Conceição, já os maternos era Sebastião Verçosa Lima e Maria das Mercês de Jesus.
Os seus pais eram agropecuaristas em uma localidade denominada de Caiçara, existente na zona rural do Município de Boa Viagem, e diante das dificuldades da vida no campo não teve o privilégio de estudar.
O pesado trabalho na lavoura bem cedo o tirou da sala de aula, juntamente com os seus irmãos, que eram três homens e duas mulheres.
Nessa época, não havendo escolas e nem mesmo professores suficientes e qualificados para atender a demanda dos estudantes do Município, por conta dessas dificuldades não teve acesso ao estudo das primeiras letras.
Por volta de 1958, em uma missa que foi realizada na localidade de Taperinha, teve a oportunidade de conhecer aquela com quem iria viver até o resto de seus dias, os seus olhos conseguiram cativar o seu coração ao ver uma moça bela e cheia de encantos que estava passando uns dias na casa de uma irmã.
Depois de muitos flertes, segundo informações existentes no livro B-08, pertencentes ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 3.728, folha 106, no dia 9 de janeiro de 1963, aos 28 anos de idade, contraiu núpcias com Geralda Rodrigues de Paula, que nasceu no dia 5 de novembro de 1935, sendo filha de José de Paula Lima e de Maria dos Anjos de Sousa.
Desse matrimônio foram gerados seis filhos, quatro mulheres e dois homens, sendo eles: Maria Rodrigues Verçosa, Antônia Rodrigues Verçosa, Antônio Rodrigues Verçosa, Maria Alderina Rodrigues de Lima, Cleonice Rodrigues de Lima e José Ricardo Rodrigues de Lima, que infelizmente veio a falecer um ano e três meses depois do seu nascimento.
Nos últimos meses de 1970, desejando ardentemente dar uma melhor qualidade de vida para os seus filhos, que precisavam estudar, resolveu vir morar com a sua família mais próximo da cidade de Boa Viagem.
Nessa época, percebendo que a pavimentação da Rodovia Federal Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, a BR-020, se constituiria em um precioso filão econômico a ser explorado comercialmente.
Graças aos poucos recursos, que eram sabiamente economizados, resolveu adquirir uma residência no Bairro Floresta, que nessa época estava fora da zona urbana da cidade, e ali iniciou um pequeno comércio de gêneros alimentícios.
Esse comércio seria uma excelente oportunidade para garantir um renda extra no sustento de seus filhos, já que a agricultura, ocasionalmente, sofria com as estiagens.
Nesse tempo, os seus principais clientes eram os funcionários do DNER – o Departamento Nacional de Estradas e Rodagens, e da Construtora Queiroz Galvão, que habitavam nas proximidades do acampamento da firma.
No intuito de aumentar as suas poucas rendas, semanalmente, realizava com todas as dificuldades uma viagem a nossa capital, onde costumeiramente levava em sua bagagem pequenos animais e produtos agrícolas da região para negociar com os outros comerciantes de Fortaleza.
Em uma dessas cansativas viagens, no dia 16 de outubro de 1984, com apenas 49 anos de idade, foi vítima da imprudência de um motorista irresponsável que colocou fim a sua vida depois de o atropelar.
Logo após o seu falecimento, depois das despedidas fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado no mausoléu da família que existente no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, no Centro da cidade de Boa Viagem.

BIBLIOGRAFIA:

  1. FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
  2. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  3. VIEIRA FILHO, José. Minha História, Contada por Mim. Fortaleza: LCR, 2008.

HOMENAGEM PÓSTUMA:

  1. Em sua memória, na gestão do Prefeito José Vieira Filho – o Mazinho, através da lei nº 985, de 19 de dezembro de 2007, uma das ruas do Bairro Alto da Queiroz, na cidade de Boa Viagem, recebeu a sua nomenclatura;
  2. Em sua memória, na gestão do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, através da lei nº 1.260, de 19 de novembro de 2015, a Unidade Básica da Saúde do Bairro Floresta, na cidade de Boa Viagem, recebeu a sua denominação.

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