Argemiro Vieira da Silva nasceu no dia 10 de setembro de 1916 no Município de Catolé do Rocha, que está localizado no Sertão Paraibano, distante 411 quilômetros da cidade de João Pessoa, sendo filho de Martins José da Silva e de Francisca Vieira de Freitas.
Os seus avós paternos se chamavam José Antônio da Silva e Delfina Maria da Conceição, já os maternos eram Pedro Vieira Carneiro e Maria Floriana de Morais.
Nos primeiros anos de sua infância, de forma inesperada, passou pela triste experiência de perder a sua mãe, que faleceu em um difícil trabalho de parto.
Algum tempo depois desse fato, surgindo a oportunidade de aumentar a quantidade de suas terras, o seu pai decidiu deixar o Estado da Paraíba e passou a residir no Município de Boa Viagem, que está localizado no Estado do Ceará:
“O primeiro desses grupos de paraibanos foi Martins José da Silva… chegou por volta de março de 1926 motivado pelo baixo preço das terras cearenses. Ele era viúvo. Algum tempo antes, havia sido casado com Francisca Vieira de Freitas, que era carinhosamente chamada pelos sobrinhos de tia Queco, e que, anos antes, lamentavelmente, por conta de um parto difícil, trigêmeos, veio a óbito.” (SILVA JÚNIOR, 2015: p. 189-190)
Algum tempo antes dessa decisão o seu pai contraiu um novo matrimônio, dessa vez com Maria Margarida de Andrade, que era chamada de Marizinha, que o tomou como um de seus filhos.
Ao chegarem ao Estado do Ceará, por volta de 1926, se estabeleceu na localidade de Pitombeira, que está distante 17 quilômetros da cidade de Boa Viagem, uma propriedade que foi adquirida em sociedade com Manoel Vieira de Andrade:
“Chegando ao Município de Boa Viagem, adquiriu uma propriedade de 300 ha, juntamente com Manoel Vieira de Lima, irmão de Quintiliano Vieira de Lima, no valor de 8 mil contos de réis, denominada de Fazenda Pitombeira, e pertencente ao sogro de José Vieira de Lima, Teófilo da Costa Oliveira. Logo após a compra, essa propriedade foi dividida de acordo com o que cabia a cada um, e em seguida habitada pelas duas famílias.” (SILVA JÚNIOR, 2015: p. 191)
No dia 21 de dezembro de 1937, segundo informações existentes no livro B-09, pertencente à secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, tombo nº 108, folha 38, diante do Pe. Irineu Limaverde Soares, contraiu matrimônio com Rosa Vieira de Lima, que nasceu no dia 23 de novembro de 1919, sendo filha de Quintiliano Vieira Lima com Felisbela Vieira de Freitas.
Algum tempo depois, segundo informações existentes no livro B-06, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 312, folha 147, às 17 horas do dia 28 de maio de 1938 confirmou os seus votos matrimoniais diante do juiz de casamentos, Dr. Aluísio Goes de Oliveira.
Desse matrimônio foram gerados nove filhos, três homens e seis mulheres, sendo eles: Quintiliano Vieira Lima Neto, Felisbela Vieira de Freitas, Antônia Vieira Sobrinho, Maria Vieira Carneiro, Cristina Vieira Lima, Sebastiana Vieira de Lima Rabêlo, Francisca Vieira da Silva, Sebastião Vieira de Lima Rabêlo e Francisco Vieira da Silva.
Nos primeiros anos da década de 1950, juntamente com a sua família, deu sustentação política ao desejo de seu irmão, Joaquim Vieira da Silva, em ingressar na vida pública do Município de Boa Viagem, constituindo-se no primeiro cristão de confissão protestante a trilhar esse caminho:
“No dia 3 de outubro de 1954, desejando entrar na vida pública por meio de uma das cadeiras da Câmara Municipal de Vereadores, militando nos quadros políticos da UDN – a União Democrática Nacional, foi conduzido a um mandato eletivo na segunda vaga existente no Poder Legislativo do Município de Boa Viagem. No pleito eleitoral seguinte, que ocorreu no dia 3 de outubro de 1958, ainda compondo a bancada da UDN, conseguiu ser reconduzido ao exercício de um segundo mandato eletivo. Algum tempo depois pediu licença de seu cargo, em seu lugar assumiu o suplente, o Vereador Antônio de Queiroz Sampaio.” (SILVA JÚNIOR, 2015: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/joaquim-vieira-da-silva/. Acesso no dia 5 de janeiro de 2017)
Nessa mesma época foi testemunha da construção do templo da Igreja Evangélica Congregacional de Pitombeira, um velho desejo de seu pai:
“Ele foi construído graças à generosa contribuição de alguns irmãos. Dentre eles destacamos: Sebastião Alves da Silva, que contribuiu com 100 cruzeiros, Antônio Vieira da Silva, mais conhecido como Antônio Martins, que também contribuiu com 100 cruzeiros; e José Gomes de Oliveira, que contribuiu com 80 cruzeiros.” (SILVA JÚNIOR, 2015: p. 198)
Residiu com a sua família na Rua José Rangel de Araújo, nº 120, Centro, e nos fundos de sua residência, que dá acesso à Avenida Francisco Rosiêr de Uchôa Araújo, mantinha uma pequena carpintaria, que lhe dava uma renda extra na fabricação de ataúdes.
Durante muitos anos foi funcionário público federal do DNER – o Departamento Nacional de Estradas e Rodagens, desempenhando atividades de carpintaria, sendo enquadrado e mencionado no Decreto nº 68.405, de 23 de março de 1971.
No dia 13 de fevereiro de 1991, juntamente com a sua família, sofreu a dura perda de uma de suas irmãs, Celsina Vieira de Freitas.
De acordo com as informações existentes no livro C-06, pertencente ao Cartório Geraldina, tombo nº 4.102, folha 59, faleceu aos 86 anos de idade, na cidade de Boa Viagem, no dia 6 de outubro de 2002.
Logo após o seu falecimento, depois das despedidas fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado no mausoléu da família existente no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, Centro.
BIBLIOGRAFIA:
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro de casamentos. 1936-1939. Livro B-09, Tombo nº 108. Página 38.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Andarilhos do Sertão: A Chegada e a Instalação do Protestantismo em Boa Viagem. Boa Viagem, CE: Premius, 2015.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Joaquim Vieira da Silva. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/joaquim-vieira-da-silva/. Acesso no dia 5 de janeiro de 2017.
HOMENAGEM PÓSTUMA:
- Em sua memória, na gestão do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, através da lei nº 818, de 22 de dezembro de 2002, uma das ruas do Bairro Recreio, na cidade de Boa Viagem, recebeu a sua nomenclatura.
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