Antônio Vieira Carneiro nasceu no dia 20 de fevereiro de 1929 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de José Vieira de Lima e de Adília Maria de Lima.
Os seus avós paternos se chamavam Quintiliano Vieira Lima e Felisbela Vieira de Freitas, já os maternos eram Teófilo da Costa Oliveira e Francisca Juliana da Conceição.
Na época em que nasceu o Município de Boa Viagem não dispunha de uma casa de parto, fato que obrigou aos seus pais a contar com os valiosos serviços de uma parteira na Fazenda Triunfo, onde passou grande parte de sua infância.
“Durante muitos anos, os únicos profissionais de saúde existentes em nossa região foram às parteiras, mulheres que normalmente recebiam esse aprendizado de forma hereditária, ou seja, a filha de uma parteira acompanhava a sua mãe no atendimento às mulheres em trabalho de parto auxiliando-a de acordo com as necessidades do momento, possibilitando, assim, após algum tempo de prática, o aprendizado para continuidade do ofício.” (SILVA JÚNIOR, 2016: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/saude/. Acesso em 25 de outubro de 2016)
Mais tarde, juntamente com outros irmãos, quando chegou a sua idade escolar, segundo relato de José Vieira Filho – o Mazinho, seu irmão caçula, deu início a sua vida acadêmica em uma pequena escola particular, propriedade de Hercília Amaro Mesquita, que funcionava próximo a residência de seus pais:
“Para mim, estudar era um ‘serviço pesado’. Minha preferência mesmo era brincar com as outras crianças, tomar banho no riacho mais próximo de casa, fazer currais de pequenos galhos de marmeleiros e brincar com ‘gado de osso’, adquirido dos animais abatidos para o consumo da família.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 29)
Nos primeiros anos da década 1950, embora não residindo na cidade de Boa Viagem, acompanhava atento aos fatos políticos que ocorriam em seu Município natal, tendo em vista o engajamento de seu pai, que foi eleito em várias ocasiões para uma das cadeiras do Poder Legislativo e disputou o pleito eleitoral do dia 3 de outubro de 1950 concorrendo ao Poder Executivo:
“Em 1950, meu pai era candidato a prefeito e sofreu várias ameaças, tais como: altas horas da noite bateram nas porteiras, anexas à casa da fazenda. Certamente, eles esperavam que meu pai saísse no escuro, pensando que os animais estivessem fugindo do curral, mas isso não aconteceu. Então eles bateram em uma janela da casa. Meu pai estava armado, dentro da casa; minha mãe acendeu a lamparina e os bandidos fugiram.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 52)
Alguns anos depois, no dia 15 de março de 1960, partilhou com os seus familiares da triste notícia do falecimento de sua mãe, que faleceu por conta de um tumor maligno na cabeça.
Foi durante muitos anos advogado e procurador do IAPAS – o Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social.
Era casado com Luzia Duque de Abreu, com quem gerou quatro filhos, uma mulher e três homens, sendo eles: Elisa Vieira Carneiro, Luiz Antônio Vieira Carneiro, José Eduardo Vieira Carneiro e Carlos Augusto Vieira Carneiro.
Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, aos 73 anos de idade, no dia 30 de junho de 2002.
BIBLIOGRAFIA:
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. A História da Saúde no Município de Boa Viagem. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/saude/. Acesso em 25 de outubro de 2016.
- VIEIRA FILHO, José. Minha História, Contada Por Mim Mesmo. Fortaleza: LCR, 2008.
HOMENAGEM PÓSTUMA:
- Em sua memória, na gestão do Prefeito José Vieira Filho – o Mazinho, através da lei nº 985, de 19 de dezembro de 2007, uma das ruas da cidade de Boa Viagem receberá a sua nomenclatura.
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