Antônio Pereira Batista nasceu no dia 7 de setembro de 1951 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de Manoel Pereira Batista e de Maria Ângela Venâncio Batista.
Os seus avós paternos se chamavam José Pereira Batista e Maria Ermínia do Espírito Santo, já os maternos eram Joaquim Venâncio da Silva e Francisca Jales de Oliveira.
Na época em que nasceu o Município de Boa Viagem não dispunha de uma casa de parto, fato que obrigou aos seus pais a contar com os valiosos serviços de uma parteira na localidade de Várzea Redonda, onde passou grande parte de sua infância e juventude:
“Durante muitos anos, os únicos profissionais de saúde existentes em nossa região foram às parteiras, mulheres que normalmente recebiam esse aprendizado de forma hereditária, ou seja, a filha de uma parteira acompanhava a sua mãe no atendimento às mulheres em trabalho de parto auxiliando-a de acordo com as necessidades do momento, possibilitando, assim, após algum tempo de prática, o aprendizado para continuidade do ofício.” (SILVA JÚNIOR, 2016: A História da Saúde no Município de Boa Viagem. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/saude/. Acesso em 25 de outubro de 2016)
Quando chegou a sua idade de estudar, por conta da inexistência de escolas em sua região, os seus pais resolveram contratar os serviços de uma professora particular, que lhe ensinou os rudimentos da leitura, escrita e operações matemáticas.
Em sua juventude, despertada a sua vocação ao comércio, passou a vender joias, relógios e outros adornos pela zona rural do Município como caixeiro-viajante até que, nos primeiros anos da década de 1970, resolveu se estabelecer comercialmente na Rua Agronomando Rangel, s/nº, Centro, na cidade de Boa Viagem, em uma casa de artigos para vestuário, que foi denominada de “Loja Santo Antônio”.
Pouco tempo depois, no dia 14 de setembro de 1970, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, em uma cerimônia que foi celebrada pelo Pe. Paulo de Almeida Medeiros, contraiu matrimônio com Iona Torres Batista, que nasceu no dia 19 de julho de 1953, sendo filha de Francisco Evangelista Torres e de Maria do Espírito Santo Uchôa.
Nesse mesmo ano, no dia 14 de outubro, segundo informações existentes no livro B-22, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 5.211, folha 54v, confirmou os seus votos perante o Estado.
Desse matrimônio foram gerados quatro filhos, uma mulher e três homens, sendo eles: Ediana Torres Batista dos Santos, Edvônio Torres Batista, Erivan Torres Batista e Éder Torres Batista.
Na eleição municipal que ocorreu no dia 15 de novembro de 1988, desejando entrar na vida pública por meio de um mandato eletivo na Câmara Municipal de Vereadores, militando nos quadros políticos do PFL – o Partido da Frente Liberal, com a legenda nº 25.623, conseguiu ser eleito depois de receber 339 votos, ficando entre os dezesseis vereadores de maior preferência dos eleitores.
Encaminhou diversos requerimentos à mesa diretora da Câmara de solicitação ao Gabinete do Prefeito, dentre eles destacamos: a construção de uma escola na localidade de Anafuê, Várzea do Canto e Sorocaba.
No dia 3 de abril de 1991, encaminhou requerimento à mesa diretora da Câmara solicitando uma licença médica de 120 dias, sendo substituído nessa ocasião pela suplente, a Vereadora Lúcia de Fátima Araújo Brilhante.
Nessa legislatura, deu apoio aos projetos encaminhados pelo gabinete do Prefeito Benjamim Alves da Silva, foram eles: a construção do Camelódromo; a construção do Ginásio Poliesportivo Dirceu José dos Santos; a construção do Centro de Convivência do Idoso Olavo Bilac Brilhante; a construção do Hospital Infantil Sebastião Alves da Silva; a construção da Creche Comunitária Miriam Brito Fialho; a construção da Escola Agrotécnica Janival Almeida Vieira, além de várias casas populares.
Na eleição municipal seguinte, que ocorreu no dia 3 de outubro de 1992, ainda militando nos quadros políticos do PFL, dessa vez com a legenda nº 25.620, conseguiu ser reeleito depois de receber a confiança de 555 eleitores, ficando entre os onze vereadores com a maior votação do pleito.
Segundo informações existentes no jornal “Voz & Vez”, ano I, nº 2, edição de outubro de 1995, participou com outros colegas do seminário regional que tratou sobre aposentadoria e ocorreu na cidade de Quixeramobim:
“Assunto de vital importância para o trabalhador rural, comerciantes e empresários… Na comitiva de Boa Viagem estavam presentes os seguintes vereadores: João Mozart Silus Cunha, Rosa Vieira, Maria Conceição, Antônio França, Antônio Pereira, José Mendes, Hermínio Veras, Valdeni Vieira, Fernando Assef, José Diniz, João Martins e Francisco Lobo… O destaque de nossa representação no encontro foi a participação direta nos debates, quando os vereadores Fernando Assef e Valdeni Vieira questionaram e se posicionaram contra a política oficial do governo por ser ‘burocrática e exigir uma documentação excessiva para se requerer uma aposentadoria rural’. Os nossos vereadores falaram com conhecimento de causa, o primeiro é advogado e o segundo é um ex-sindicalista ativo na região.”
Nessa legislatura, considerada por muitos como um das mais complicadas da história política do Município de Boa Viagem, fez parte do bloco de vereadores que eram favoráveis ao impeachment do Prefeito Dr. Francisco Segismundo Rodrigues dos Santos Neto.
No exercício de suas funções legislativas apresentou os seguintes projetos de indicação: A construção do Açude da Palha e da construção de 12 casas populares na vila da Várzea da Ipoeira.
Na eleição municipal que ocorreu no dia 3 de outubro de 1996, partindo para o seu terceiro mandato, dessa vez estando filiado na bancada do PSD – o Partido Social Democrático, legenda nº 41.610, conseguiu receber apenas 244 votos, ficando pela primeira vez em uma das suplências de sua coligação.
No pleito eleitoral que ocorreu no dia 1º de outubro de 2000, o primeiro a ser completamente informatizado no Município de Boa Viagem, ainda nos quadros políticos do PSD – o Partido Social Democrático, dessa vez com a legenda nº 41.627, recebeu apenas 257 votos, ficando pela segunda vez em uma das suplências de sua coligação, fato que lhe fez optar em sair da vida pública.
Depois dessa disputa eleitoral, aconselhado por sua família e alguns amigos, resolveu sair de vez da vida pública para dedicar-se exclusivamente ao seu comércio.
BIBLIOGRAFIA:
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
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