Antônio Marques Dias de França nasceu no dia 10 de setembro de 1949 no Município de Sousa, que está distante 427 quilômetros da cidade de João Pessoa, capital do Estado da Paraíba, sendo filho de Antônio Pereira de Almeida e de Maria das Dores Dias de França.
Durante toda a sua infância residiu com a sua família em uma cala localizada na Rua Coronel José Viana, s/nº, na cidade de João Pessoa, até que, em 1968, aos 19 anos de idade, decidiu tentar a sorte na cidade de Brasília, o Distrito Federal.
Logo que chegou à cidade de Brasília passou a residir na Rua QD6, lote nº 3, na região de Taguatinga, conseguindo um emprego de motorista em uma empresa que estava localizada na Rua Princesa Isabel, nº 36, dividindo o seu tempo nessa época entre o trabalho e os estudos na Escola de 1º Grau Taguatinga Sul, onde com muito esforço conseguiu concluir o supletivo de primeiro grau.
Depois de algum tempo retornou para sua cidade natal até que, no dia 30 de janeiro de 1974, na Igreja Matriz do Bom Jesus Aparecido, que está localizada na Rua Cel. José Gomes de Sá, nº 38, Centro, contraiu matrimônio com uma jovem do Município de Santa Cruz, também do Estado da Paraíba, que se chama Maria Helena Diniz França, que era nascida no dia 4 de março de 1950, sendo filha de Luiz Rocha de Oliveira com Maria Diniz Rocha.
“Aos 16 anos de idade, conheceu sua futura esposa, Maria Helena, que contava 13 anos… Com três dias o casal vai para São Paulo, permanecendo, aproximadamente, uns oito meses.” (MARINHO, 2015: p. 54)
Desse matrimônio foram gerados três filhos, um homem e duas mulheres, sendo eles: Maria Aldessandra Diniz Vieira, Francisco Alexsandro Diniz França e Ana Paula Diniz França.
Nos primeiros anos da década de 1970, com a projeção política do cunhado de sua esposa, Benjamim Alves da Silva, conheceu e se afeiçoou ao Município de Boa Viagem, passando a residir nessa cidade por volta do ano de 1979, onde iniciou as suas atividades comerciais no Mercado Público Municipal Jessé Alves da Silva, que está localizado na Rua Agronomando Rangel, box nº 15, Centro, com uma loja de confecções com o nome de fantasia de “Casa França”.
“Em junho de 1979, chegam a Boa Viagem, instalando, aqui, uma fábrica de sabão, no Bairro Vila Azul, e, posteriormente, um comércio, no mercado central.” (MARINHO, 2015: p. 54)
Dentro de pouco tempo passou a ser bastante conhecido e querido pelos seus fregueses, fato que levou-lhe a pleitear entrar na vida pública por meio de uma das cadeiras na Câmara Municipal de Vereadores.
Sobre a sua trajetória política, em uma entrevista concedida ao jornal “Voz & Vez”, periódico informativo da Câmara Municipal de Boa Viagem, ano I, nº 2, edição de outubro de 1995, descobrimos algumas de sua preferências políticas na época:
“Homem sociável e interessado no bem-estar comum sempre simpatizou com a política, tendo colaborado ativamente no Estado da Paraíba… com os Gadelha, tradicional família de políticos da região que elegeu deputados, senadores e governadores naquele Estado nordestino. Aqui, no Sertão Central cearense, instalou-se no Município de Boa Viagem, onde escolheu para trabalhar e, que sabe, também colaborar como simpatizante da política. Não tardou. E logo em 1982, foi convidado a candidatar-se como vereador pelo então PDS. Mas achou que ainda era cedo. Deu um tempo.”
Na eleição municipal que ocorreu no dia 15 de novembro de 1988, estando filiado nos quadros políticos do PDS – o Partido Democrático Social, com a legenda nº 11.603, foi eleito ao receber a confiança de 520 votos, ficando entre os seis vereadores de melhor votação desse pleito.
Apresentou diversos requerimentos a mesa diretora da Câmara Municipal de solicitação ao Gabinete do Prefeito, dentre eles destacamos: a construção de escolas na localidade de São Pedro, Capitão-Mor, Salgado, Arvoredo, São Lourenço, Santo Antônio, Cachoeira das Almas, e Barra Nova; a construção da capela do Cemitério Parque da Saudade e uma casa destinada aos idosos abandonados por suas famílias no Hospital e Casa de Saúde Adília Maria de Lima.
No dia 19 de fevereiro de 1990, com proposição do Vereador Antônio Argeu Nunes Vieira, foi homenageado pela Câmara Municipal de Vereadores recebendo o título de cidadania boa-viagense, comenda que ostentava com o maior orgulho.
Pouco tempo mais tarde, no dia 5 de abril de 1990, depois de muitas discussões, no exercício de sua função como edil, participou da assembleia municipal constituinte como vice-presidente da Comissão de Sondagem e Propostas que deu origem a Lei Orgânica do Município de Boa Viagem.
Algum tempo depois, no dia 18 de maio de 1991, demonstrando aptidão moral, foi iniciado maçom na Loja Maçônica Cavaleiros do Amor, nº 79, alcançando dentro de algum tempo o grau de mestre.
“Homem simples e de presença agradável, foi um bom cidadão que muito serviu ao nosso povo. Sempre solícito, tinha o seu carro à inteira disposição de todos, sobretudo dos mais necessitados, sendo o seu fusca branco muito conhecido, procurado e ocupado por eles que, independentemente de política, podiam contar com a sua atenção, ajuda e apoio. Também, nunca negou a sua assistência aos doentes, tudo fazendo para que nenhuma pessoa carente deixasse de ter um sepultamento digno.” (MARINHO, 2015: p. 55)
Nessa legislatura, deu apoio aos projetos encaminhados pelo gabinete do Prefeito Benjamim Alves da Silva, foram eles: a construção do Camelódromo; a construção do Ginásio Poliesportivo Dirceu José dos Santos; a construção do Centro de Convivência do Idoso Olavo Bilac Brilhante; a construção do Hospital Infantil Sebastião Alves da Silva; a construção da Creche Comunitária Miriam Brito Fialho; a construção da Escola Agrotécnica Janival Almeida Vieira, além de várias casas populares.
Na eleição municipal seguinte, que ocorreu no dia 3 de outubro de 1992, ainda no PDS, com a mesma legenda do pleito anterior, depois da execução de um bom mandato, apoiando ao candidato Dr. Francisco Segismundo Rodrigues dos Santos Neto – o Dr. Sérgio, foi novamente eleito a uma das cadeiras do Poder Legislativo recebendo dessa vez a confiança de 432 eleitores, ficando entre os dezesseis vereadores de melhor votação nessa disputa.
Ainda nessa época, foi cotado a compor a candidatura de vice-prefeito em uma coligação que seria formada tendo como candidato majoritário o Prefeito José Vieira Filho – o Mazinho, estratégia que não deu certo, fazendo com que a sua candidatura tomasse um novo rumo.
Nessa legislatura, voltando a ocupar a vice-presidência da casa, assistiu a uma das maiores crises políticas enfrentadas pelo nosso Município, sendo uma das peças chaves em favor do impeachment do Prefeito Dr. Francisco Segismundo Rodrigues dos Santos Neto, logo após o rompimento deste com o ex-Prefeito Benjamim Alves da Silva.
Nessa oportunidade, ainda segundo a matéria do jornal “Voz & Vez”, temos conhecimento de que apoiou incondicionalmente ao processo de cassação do chefe do Poder Executivo:
“Toinho França, como é popularmente conhecido é vereador e vice-presidente da Câmara Municipal de Boa Viagem. Até pouco tempo foi líder político do prefeito na Câmara. Defende a ‘união de forças’ na casa, torce pela permanência do atual prefeito em exercício, Francisco Argeu Nunes Vieira, e faz críticas ao estilo de seu presidente, João Mozart Silus Cunha, justificando que este deve usar mais o Regimento Interno da Casa para que a ordem não seja perturbada.”
Nas eleições municipais que ocorreram no dia 3 de outubro de 1996, dessa vez militando nos quadros políticos do PFL – o Partido da Frente Liberal, com a legenda nº 25.603, conseguiu receber apenas 277 votos, ficando na décima primeira suplência de sua coligação.
Pouco tempo antes dessa refrega eleitoral, enfrentando uma séria crise de relacionamento conjugal, não conseguiu obter êxito nas urnas, tendo em vista que o seu eleitorado ficou dividido entre ele e a sua esposa, que saiu candidata pelo PMDB – o Partido do Movimento Democrático Brasileiro, e com a legenda nº 15.665 conseguiu conquistar a confiança de 177 eleitores.
Na eleição municipal seguinte, que ocorreu no dia 1º de outubro de 2000, pleiteando novamente uma das vagas ao Poder Legislativo, figurando novamente entre uns dos candidatos do PFL, com a mesma legenda do pleito anterior, novamente não logrou êxito, ficando como suplente de sua coligação depois que recebeu apenas 134 votos.
Algum tempo depois do fim do seu relacionamento conjugal, passou a viver em união estável com Joelma Dutra Diniz, que é nascida no dia 17 de junho de 1967, sendo filha de Avani da Silva Diniz e de Maria Edson da Silva Diniz. Desse relacionamento foi gerado apenas um filho, sendo ele Antônio Danilo Marques Diniz França.
Nessa mesma época, depois de separado judicialmente, começou a explorar o ramo comercial de hotelaria em um pequeno edifício que foi construído na Rua David Vieira da Silva, nº 191, no Bairro Centro.
Mais tarde, de acordo com as informações fornecidas pelo Cartório Maciel de Andrade, que está localizado na Praça da Basílica, nº 140, no dia 24 de agosto de 2010, aos 60 anos de idade, sofrendo de hemorragia digestiva, foi encaminhado às pressas para o Hospital São Francisco, no Município de Canindé, aonde veio a óbito.
“Para nossa tristeza, no dia 24 de agosto de 2010, foi transferido de nosso hospital para Fortaleza, falecendo em Canindé, sendo o seu enterro aqui, em meio ao pranto e à saudade de familiares e amigos.” (MARINHO, 2015: p. 55)
Logo após o seu falecimento, depois das despedidas fúnebres que são de costume, que foram realizadas no edifício que abriga a Câmara Municipal, o seu corpo foi sepultado por seus familiares no mausoléu da família existente no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, no Centro da cidade de Boa Viagem.
BIBLIOGRAFIA:
- FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
- MARINHO, Antônia de Lima. A Filha do Nordeste e Frutos Nordestinos. Boa Viagem: Máximos Impressões Gráficas, 2015.
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
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