Antônio Carlos de Oliveira

Antônio Carlos de Oliveira nasceu no dia 11 de novembro de 1863 no Município de Quixeramobim, que está localizado no Sertão Central do Estado do Ceará, distante 203 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de Antônio Francisco de Oliveira e de Maria Felícia de Jesus.
Quando nasceu, veio ao mundo pelas mãos de uma parteira em uma localidade rural denominada de “Uruquê”, onde passou toda a sua infância e grande parte de sua juventude.
Nessa época a cidade de Boa Viagem, que também era conhecida pela alcunha de “Cavalo Morto”, era apenas uma pequeno povoado pertencente ao Município de Quixeramobim.

“Distrito criado com a denominação de Boa Viagem, ex-povoado de Cavalo Morto, pela lei provincial nº 1.025, de 18 de novembro de 1862. Elevado à categoria de vila com a denominação de Boa Viagem, pela lei provincial nº 1.128, de 21 de novembro de 1864, desmembrado de Quixeramobim.” (IBGE, 2010: Disponível em http://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=230240&search=ceara|boa-viagem|infograficos:-historico. Acesso no dia 13 de julho de 2017)

Mais tarde, no dia 27 de outubro de 1894, segundo informações existentes no livro B-01, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 39, página 23, contraiu matrimônio com Ana Felina da Glória, nascida em 1898, sendo filha de José de Oliveira Têves e de Maria Francisca do Espírito Santo.
Desse matrimônio foram gerados cinco filhos, três homens e duas mulheres, sendo eles: Francisco Olegário Oliveira, Maria da Glória Oliveira, Ercília Oliveira Nunes, Carmina Oliveira e Antônio Otávio Oliveira.

Imagem do casarão do Vereador Antônio Carlos de Oliveira, em 2019.

Depois disso, já casado, estabeleceu residência na localidade de Monte Flor, na zona rural do Município de Boa Viagem, onde se projetou como agropecuarista.
Mais tarde, na qualificação do conselho dos guardas ativos do 52º Batalhão da Guarda Nacional de Boa Viagem, o seu nome figurou como soldado de linha.

“A Guarda Nacional foi uma força paramilitar organizada por lei no Brasil durante o período regencial, em agosto de 1831, para servir de ‘sentinela da constituição jurada’, e desmobilizada em setembro de 1922. No ato de sua criação lia-se: ‘Com a criação da Guarda Nacional foram extintos os antigos corpos de milícias, as ordenanças e as guardas municipais.’ Em 1850 a Guarda Nacional foi reorganizada e manteve as suas competências subordinadas ao ministro da Justiça e aos presidentes de província. Em 1873 ocorreu nova reforma que diminuiu a importância da instituição em relação ao Exército Brasileiro. Com o advento da República a Guarda Nacional foi transferida em 1892 para o Ministério da Justiça e Negócios Interiores. Em 1918 passou a Guarda Nacional a ser subordinada ao Ministério de Guerra através da organização do Exército Nacional de 2ª Linha, que constituiu de certo modo sua absorção pelo Exército.”

O 52º Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional foi criado através do decreto nº 4.520, de 28 de abril de 1870, sendo desmembrado do Município de Quixeramobim e tinha como comandante o Tenente Coronel José da Silva Bezerra Júnior.

Imagem de sua espada, uma relíquia ainda guardada por sua família, em 2019.

No dia 7 de janeiro de 1899 a sua família sofreu um grande perda, pois uma de suas filhas, de nome maria, com apenas 3 anos de idade, veio a óbito por conta de queimaduras.
Muitos anos depois, desejando entrar na vida pública por meio de um mandato eletivo na Câmara Municipal de Vereadores, consegui ser eleito ao exercício de seu primeiro mandato na legislatura que ocorreu ente 1916 a 1920.
Nessa legislatura, por ter recebido a maior quantidade de votos, presidiu a mesa diretora do Poder Legislativo.
Mais tarde, depois de algum tempo fora da vida pública, resolveu retomar a sua cadeira na Câmara Municipal, exercendo um novo mandato entre 1928 a 1930, quando voltou a presidir aquela casa.
Segundo informações existentes no livro C-02, pertencente ao Cartório Geraldina, tombo nº 604, folha 46, já estando viúvo, faleceu em sua propriedade no dia 31 de janeiro de 1940, pouco tempo depois de completar 77 anos de idade.
Logo após o seu falecimento, depois das despedidas fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado por seus familiares no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, no Centro da cidade de Boa Viagem.

Imagem de seu túmulo, em 2019.

BIBLIOGRAFIA:

  1. CAVALCANTE MOTA, José Aroldo. História Política do Ceará (1889-1930). ABC: Fortaleza, 1996.
  2. IBGE. Histórico de Boa Viagem. Disponível em http://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=230240&search=ceara|boa-viagem|infograficos:-historico. Acesso no dia 13 de julho de 2017.
  3. PEIXOTO, João Paulo M. & PORTO, Walter Costa. Sistemas Eleitorais no Brasil. Brasília: Instituto Tancredo Neves, 1987.
  4. VIEIRA JÚNIOR, Antônio Otaviano. Entre Paredes e Bacamartes. História da Família no Sertão (1780-1850). Edições Demócrito Rocha: Fortaleza, 2004.

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