Antônio Alves Barbosa

Antônio Alves Barbosa nasceu no dia 21 de dezembro de 1938 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de Damásio Alves Barbosa e de Salustiana Alves Barbosa.
Os seus avós paternos se chamavam Ignácio Camelo Ferreira e Antônia Alves de Sousa, já os maternos eram Francisco Camelo Rodrigues e Quitéria Marcelina da Conceição.
Poucos tempo depois, no dia 30 de abril, seguindo o costume da confissão religiosa de seus pais, recebeu o batismo pelas mãos do Mons. José Gaspar de Oliveira.
Os seus ancestrais eram diretamente ligados ao Município de Santa Quitéria e nos primeiros anos da década de 1930 se estabeleceram em definitivo em uma localidade que passou a se denominar de Barra dos Camelos, na zona rural do Município de Boa Viagem, onde passou grande parte de sua infância e adolescência, quando recebeu o apelido de “Citó”.
O seu pai, que era um pequeno agropecuarista, também desenvolvia atividades de caixeiro-viajante, costumando passar dias andando pelos Municípios vizinhos realizando pequenos negócios de venda e troca de objetos.
Depois disso os seus pais adquiriram uma propriedade na localidade de Palestina, nas proximidades da cidade de Boa Viagem, onde morou durante algum tempo, até que o assassinato de um primo do seu pai o fez criar desgosto da propriedade e os fizeram passar a residir na cidade.
Nesse período, enquanto residiu na cidade de Boa Viagem, recebeu instrução elementar na Escola de Ensino Fundamental Padre Antônio Correia de Sá.
Por volta de 1956, ao completar 18 anos de idade, com a permissão de seus pais, resolveu seguir o mesmo caminho de muitos de seus conhecidos, o Estado de São Paulo, onde passou três anos trabalhando em uma fazenda, realizando todo tipo de economia para montar o seu próprio negócio.
Nos primeiros meses de 1959, quando retornava para cidade de Boa Viagem, de passagem pela cidade de Juazeiro do Norte, caminhando pelas ruas, encantou-se com um idoso vendendo joias em uma pequena banca na calçada, iniciando com ele um pequeno diálogo sobre aquele ramo de negócio.
Encerrado o diálogo, minutos depois, um transeunte perguntou se ele conhecia aquele senhor, ele respondeu que não, tomando conhecimento logo em seguida que aquele senhor era um dos homens mais ricos da cidade.
Depois dessa valiosa informação, sem relutar, resolveu tentar a sorte investindo as suas economias comprando joias e relógios para vendê-los pela zona rural do Município de Boa Viagem.
Ao chegar à cidade de Boa Viagem passou a contratar pessoas para fazer essas negociações, sendo algumas delas: Pedro Horácio, José Orlando de Oliveira e outros, que semanalmente vinham prestar contas de suas vendas nos dias de sábado.
Nesse período, por volta de 1965, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, diante do Pe. José Patrício de Almeida, contraiu matrimônio com Maria Luiza de Oliveira, que era filha de Joaquim Luís de Oliveira e de Maria Moreira de Oliveira.
Desse matrimônio foram gerados dois filhos, todos homens, sendo eles: Antônio Alves Barbosa Júnior e Eduardo de Oliveira Barbosa.
Pouco tempo depois de casado, insatisfeito com os seus lucros, resolveu seguir sozinho para cidade de Manaus, no Estado do Amazonas, onde alimentava o sonho de conseguir êxito em seus negócios comerciais em um local que possuía grandes perspectivas de desenvolvimento.
Depois disso, retornando para cidade de Boa Viagem, resolveu levar a sua família para cidade de Brasília, onde havia alguns parentes, abrindo um pequeno mercadinho, que não obteve o êxito esperado, mudando o seu domicílio para o Estado de Mato Grosso, onde passou pouquíssimo tempo, quando resolveu voltar para cidade de Fortaleza.
Na cidade de Fortaleza, por incompatibilidade de gênios, de forma amigável, encerrou o seu primeiro relacionamento conjugal e retornou para cidade de Boa Viagem, trazendo consigo o seu filho mais velho, passando a investir novamente no seu antigo filão de negócio, a comercialização de artigos em ouro e prata.

Imagem do Citó em sua banquinha de joias.

Na cidade de Boa Viagem, durante muitos anos, desenvolveu as suas atividades em uma banca de joias que era colocada em uma das calçadas da Rua Agronomando Rangel, na esquina com a Rua José Leal de Oliveira, no Centro da cidade.
Pouco tempo depois, nos primeiros anos da década de 1970, contraiu novas núpcias, dessa vez com a Professora Antônia Cavalcante Barbosa, que era nascida no dia 5 de janeiro de 1949, sendo filha de Aristides Alves Cavalcante e de Maria da Conceição Alves de Melo.
Desse novo relacionamento conjugal gerou apenas um filho, que se chama Hélcio Cavalcante Barbosa.
No dia 13 de setembro de 1996, juntamente com os seus familiares, passou pela irreparável perda de sua mãe, algum tempo depois, no dia 7 de janeiro de 2003, foi a vez de lamentar a perda de seu pai.
Segundo informações existentes no livro B-06 do Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 4.795, folha 232v, faleceu repentinamente na cidade de Boa Viagem no dia 6 de agosto de 2006, com apenas 68 anos de idade.
Logo após o seu falecimento, depois das despedidas fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado por seus familiares no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, no Centro da cidade de Boa Viagem.

Imagem do túmulo da Família Barbosa, em 2016.

BIBLIOGRAFIA:

  1. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  2. PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro dos batismos. 1938-1940. Livro A-25. Tombo nº 314. Página 70v.

HOMENAGEM PÓSTUMA:

  1. Em sua memória, na gestão do Prefeito José Vieira Filho – o Mazinho, através da lei nº 985, de 19 de dezembro de 2007, uma das ruas do Bairro Osmar Carneiro, na cidade de Boa Viagem, recebeu a sua nomenclatura;
  2. Em sua memória, na gestão do Prefeito José Carneiro Dantas Filho – o Régis Carneiro, por meio da lei nº 1.610, de 14 de agosto de 2024, uma praça existente no Bairro Tibiquari recebeu a sua denominação.