Ângela Facundo de Melo

Ângela Facundo de Melo nasceu no dia 28 de maio de 1893 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filha de José Facundo da Costa e de Maria Amélia Carneiro da Costa.
Os seus avôs paternos se chamavam João Facundo da Costa e Francisca Maria de Jesus, já os maternos eram Américo Carneiro da Silva Oliveira e Felizometa da Côrte Celeste de Abreu Lessa.
Alguns dias depois, em 8 de junho, seguindo o costume da confissão religiosa de seus pais, recebeu o batismo pelas mãos do Pe. José Antônio Cavalcante.
Na época de seu nascimento, veio ao mundo pelas mãos de uma parteira em uma localidade denominada de Olho d’Água dos Facundos, onde viveu durante muitos anos.

“Durante muitos anos, os únicos profissionais de saúde existentes em nossa região foram às parteiras, mulheres que normalmente recebiam esse aprendizado de forma hereditária, ou seja, a filha de uma parteira acompanhava a sua mãe no atendimento às mulheres em trabalho de parto auxiliando-a de acordo com as necessidades do momento, possibilitando, assim, após algum tempo de prática, o aprendizado para continuidade do ofício.” (SILVA JÚNIOR, 2016: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/saude/. Acesso em 25 de outubro de 2016)

Mais tarde, no dia 17 de fevereiro de 1925, segundo informações existentes no livro B-07, pertencente à secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, tombo nº 17, página 25, diante do Mons. José Cândido de Queiroz Lima, contando 32 anos de idade, contraiu matrimônio com Raimundo Ferreira de Melo, nascido no dia 22 de outubro de 1882, sendo filho de João Ferreira de Melo e de Silvana Siebra de Freitas.
Desse matrimônio foram gerados sete filhos, quatro homens e três mulheres, sendo eles: Mauro Ferreira Melo, Marina Ferreira Severo, Osmarina Ferreira Melo, José Benemauro Ferreira Melo, Mário Ferreira Melo, Olgarina Ferreira Melo e Lott Ferreira Melo.

Imagem de Ângela Facundo de Melo, já em avançada idade.

Nos últimos anos na década de 1930, ainda residindo na localidade de Olho d’Água dos Facundos, percebendo o grande número de crianças em idade escolar, passou a lecionar como professora particular até que, nos primeiros meses de 1940, fixou residência com o seu esposo na localidade de Sussuarana.
No dia 11 de junho de 1944, de forma súbita, juntamente com os seus familiares, foi surpreendida pelo falecimento de seus esposo, que veio a óbito aos sessenta e dois anos de idade.
Estando viúva, resolveu regressar para localidade onde nasceu com todos os seus filhos, passando a morar com um deles na cidade de Boa Viagem em 1983.
No dia 7 de dezembro de 1993, depois de completar 100 anos de idade, faleceu na cidade de Boa Viagem ainda cheia de toda lucidez.
Logo após o seu falecimento, depois das despedidas fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado por seus familiares em um túmulo existentes no Cemitério das Lembranças, nos limites geográficos do Distrito de Boqueirão.

Imagem do local onde ela foi sepultada, em 2021.

BIBLIOGRAFIA:

  1. FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
  2. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  3. PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro de batismos. 1891-1895. Livro A-06. Tombo nº 138. Página 53v.
  4. PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro de casamentos. 1924-1930. Livro B-07. Tombo nº 17. Página 25.
  5. SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. A História da Saúde no Município de Boa Viagem. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/saude/. Acesso em 25 de outubro de 2016.

HOMENAGEM PÓSTUMA:

  1. Em sua memória, embora não exista lei que ampare, uma das ruas da vila de Olho d’Água dos Facundos, no Município de Boa Viagem, recebeu a sua nomenclatura.