André Corcino do Vale

André Corcino do Vale nasceu no dia 4 de fevereiro de 1879 no Munícipio de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, capital do Estado do Ceará, sendo filho de Manoel Rufino do Vale e de Gonçala da Anunciação de Jesus.
Alguns meses depois, em 6 de julho, segundo o costume da confissão religiosa de seus pais, recebeu o sacramento do batismo pelas mãos do Pe. Francisco Ignácio da Costa Mendes.
Os seus avós paternos eram o Cap. Antônio Bezerra do Vale e Maria dos Prazeres de Jesus, já os maternos eram Amaro Bezerra do Vale e Rosa Maria da Conceição.
Segundo informações existentes no livro B-03, pertencente à secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, página 1, termo nº 22, no dia 2 de julho de 1903, aos 22 anos de idade, diante do Mons. José Cândido de Queiroz Lima, contraiu matrimônio com Guilhermina Nunes de Sousa, nascida em 1876, sendo filha de Gonçalo Nunes de Sousa Leitão e de Maria Delfina do Vale.
Desse matrimônio foram gerados cinco filhos, sendo eles: Elvira Nunes do Vale, Alvina Nunes do Vale, Manuel Nunes do Vale, Zelvina Nunes do Vale, João André Nunes do Vale e Joaquim André Nunes do Vale.
No pleito eleitoral ocorrido em 1912, desejando entrar na vida pública, conquistou uma das cadeiras da Câmara Municipal de Vereadores para legislatura que ocorreu entre 1912 a 1916.

Imagem da Casa de Câmara e Cadeia do Município de Boa Viagem.

No dia 5 de maio de 1914, invocando o artigo 10 da lei nº 33, de 10 de novembro de 1892, possivelmente por conta de uma seca e desejando migrar, no plenário da Câmara, juntamente com os vereadores Manoel Herminio de Sousa Leitão e José Rodrigues de Oliveira, renunciou ao seu mandato eletivo.
Nesse mesmo período, em um curto espaço de tempo, ocorreram algumas turbulências políticas, quando os habitantes do Município foram pegos de surpresa com a renúncia de dois intendentes: Josias Barbosa Maciel e Benjamim Bastos.
Segundo registro de seus filhos, faleceu antes de 1940.

BIBLIOGRAFIA:

  1. CAVALCANTE MOTA, José Aroldo. História Política do Ceará (1889-1930). ABC: Fortaleza, 1996.
  2. FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
  3. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  4. PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro dos casamentos. 1903-1910. Livro B-03. Página 1. Termo nº 22.
  5. PEIXOTO, João Paulo M. & PORTO, Walter Costa. Sistemas Eleitorais no Brasil. Brasília: Instituto Tancredo Neves, 1987.