Ana Lobo Cavalcante

Ana Lobo Cavalcante nasceu no dia 1º de janeiro de 1891 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filha de João Alves Cavalcante e de Francisca Geracina Lobo.
Pouco tempo depois, em 30 de julho, seguindo o costume da confissão religiosa de seus pais, recebeu o sacramento do batismo na Capela de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, em Jerusalém, pelas mãos do Mons. José Cândido de Queiroz Lima.
Os seus avós paternos se chamavam Inácio Nunes Cavalcante e Izabel Maria da Anunciação, já os maternos eram Manoel dos Santos Lobo Júnior e Luísa Maria do Espírito Santo.
Na época em que nasceu o Município de Boa Viagem não dispunha de uma casa de parto, fato que obrigou aos seus pais a contar com os valiosos serviços de uma parteira na localidade de Taperinha, onde passou grande parte de sua infância.

“Durante muitos anos, os únicos profissionais de saúde existentes em nossa região foram às parteiras, mulheres que normalmente recebiam esse aprendizado de forma hereditária, ou seja, a filha de uma parteira acompanhava a sua mãe no atendimento às mulheres em trabalho de parto auxiliando-a de acordo com as necessidades do momento, possibilitando, assim, após algum tempo de prática, o aprendizado para continuidade do ofício.” (SILVA JÚNIOR, 2016: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/saude/. Acesso em 25 de outubro de 2016)

Segundo informações existentes no livro B-03, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo 54, folha 57v, no dia 30 de setembro de 1917, com apenas 16 anos de idade, contraiu matrimônio civil com Balduino Pereira Cavalcante, sendo filho de João Antônio Cavalcante e de Izabel Bahia de Sousa.
Nesse mesmo dia, segundo informações existentes no livro B-05, página 69v, tombo nº 63, pertencente à secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, no oratório existente na localidade de Santa Vida, diante do Mons. José Cândido de Queiroz Lima, confirmou os seus votos em uma cerimônia religiosa
Desse matrimônio foram gerados nove filhos, seis homens e três mulheres, sendo eles: Francisco Lobo Sobrinho, Jacinto Lobo Cavalcante, Isaias Lobo Cavalcante, Antônio Lobo Cavalcante, Geraldo Lobo Cavalcante, José Lobo Cavalcante, Raimunda Cavalcante Carneiro, Luzia Cavalcante Dantas e Teresinha Cavalcante Dantas.
No dia 19 de maio de 1962, juntamente com os seus filhos, foi surpreendida pelo inesperado falecimento de seu esposo, que veio a óbito depois de uma queda de cavalo nas proximidades de sua propriedade em Xique-Xique.
Mais tarde, permanecendo viúva, já em avançada idade, a referida passou a viver no Bairro Tibiquari na residência de sua neta, a Profª Vera Lúcia Cavalcante Dantas de Sousa.
De acordo com as informações existentes no livro C-04, também pertencente ao Cartório Geraldina, tombo 2.553, folha 271v, faleceu no dia 3 de junho de 1993, tendo o seu corpo sepultado no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, no Centro da cidade de Boa Viagem.

HOMENAGEM PÓSTUMA:

  1. Em sua memória, na gestão do Prefeito José Carneiro Dantas Filho – o Régis Carneiro, através da lei nº 1.554, de 8 de novembro de 2023, a unidade básica da saúde do Bairro Tibiquari, na cidade de Boa Viagem, recebeu a sua nomenclatura.

BIBLIOGRAFIA:

  1. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  2. SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. A História da Saúde no Município de Boa Viagem. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/saude/. Acesso em 25 de outubro de 2016.