Alonso Vieira de Sousa

Alonso Vieira de Sousa nasceu no dia 16 de outubro de 1927 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de Luís Vieira de Sousa e de Isabel Maria de Jesus.
Os seus avós paternos se chamavam José Vieira de Sousa e Lindachel Maria de Jesus, já os maternos eram Manoel Vieira de Sousa e Sabina Maria de Jesus.
Alguns dias depois, em 20 de novembro, na Capela de São José, seguindo o costume da confissão religiosa de seus pais, na vila de Águas Belas, recebeu o batismo pelas mãos do Mons. José Cândido de Queiroz Lima.
Na época em que nasceu o Município de Boa Viagem não dispunha de uma casa de parto, fato que obrigou aos seus pais a contar com os valiosos serviços de uma parteira na vila de Guia, onde viveu até os primeiros anos de sua juventude.

“Durante muitos anos, os únicos profissionais de saúde existentes em nossa região foram às parteiras, mulheres que normalmente recebiam esse aprendizado de forma hereditária, ou seja, a filha de uma parteira acompanhava a sua mãe no atendimento às mulheres em trabalho de parto auxiliando-a de acordo com as necessidades do momento, possibilitando, assim, após algum tempo de prática, o aprendizado para continuidade do ofício.” (SILVA JÚNIOR, 2016: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/saude/. Acesso em 25 de outubro de 2016)

Sendo reconhecido como um potencial vocacionado ao sacerdócio, ainda bem jovem foi encaminhado ao estudos eclesiásticos, conseguindo construir reconhecido cabedal de conhecimentos.

“Estudou em Mecejana, Guaramiranga, Parnaíba, Petrópolis e Roma, sendo ordenado sacerdote em Parnaíba, Estado do Piauí, em 8 de dezembro de 1955. Poliglota de renome, Frei Guido fala português, latim, italiano, alemão, francês, inglês e espanhol, além de ler e traduzir grego. Também foi professor no seminário. Com seu espírito poético, já traduziu um grande número de encantadoras poesias, sempre revestidas de beleza e de nobres sentimentos. Pertence à Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e reside em um convento em Fortaleza.” (NASCIMENTO, 2002: p. 152 – 153)

Mais tarde, em 8 de dezembro de 1955, recebeu suas ordens e, residindo na cidade de Fortaleza, durante muitos anos, no período da tarde, era um dos responsáveis por ouvir as confissões que regularmente ainda ocorrem no Santuário do Sagrado Coração de Jesus.

Imagem do dia de sua ordenação.

Mais tarde, no dia 13 de abril de 2003, aos 75 anos de idade, faleceu na cidade de Fortaleza, vítima de um infarto fulminante.
Logo após o seu falecimento, depois das despedidas fúnebres que são de costume, que foi presidida pelo Arcebispo Dom José Antônio, acompanhado por 20 sacerdotes, o seu corpo foi sepultado no cemitério existente no interior do Santuário do Sagrado Coração de Jesus, que está localizado na Avenida Duque de Caxias, nº 235, Centro.

BIBLIOGRAFIA:

  1. FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
  2. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  3. PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro de batismos. 1927-1929. Livro A-18. Tombo nº 609. Página 40v.
  4. SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. A História da Saúde no Município de Boa Viagem. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/saude/. Acesso em 25 de outubro de 2016.
  5. SILVEIRA, Aureliano Diamantino. Ungidos do Senhor na Evangelização do Ceará (1700-2004). 3º v. Fortaleza: PREMIUS, 2004.

HOMENAGEM PÓSTUMA:

  1. Em sua memória, embora sem possuir força de lei, uma das ruas da vila de Guia, no Município de Boa Viagem, recebeu a sua nomenclatura.