AS INFORMAÇÕES BÁSICAS:

A Lagoa do Cavalo Morto é um atrativo com potencialidade turística que faz parte dos equipamentos existentes na Praça Monsenhor José Cândido de Queiroz Lima, que está localizada entre a Avenida São Vicente de Paulo e a Rua José Rangel de Araújo, no Centro da cidade de Boa Viagem, no Município de Boa Viagem, no Estado do Ceará.

Imagem do busto de Antônio Domingues Álvares e Agostinha Sanches de Carvalho, o local hoje é considerado como o “Marco Zero” do Município.

Esse local é formado por um conjunto de peças de arte, tendo como destaque algumas estátuas em concreto armado, obras de escultura criadas com a finalidade de representar uma situação de angústia vivida pelo casal fundador da Fazenda Cavalo Morto, atual cidade de Boa Viagem, sendo esse local e suas peças parte do acervo externo do Museu Municipal Professor Cícero Pinto do Nascimento.

UM POUCO DE SUA HISTÓRIA:

Esse local, que é considerado o Marco Zero do Município, é tido como onde o cavalo que transportava ao Alferes Antônio Domingues Alvares e a sua companheira, Agostinha Sanches de Carvalho, tombou morto por conta da fatigante viagem a qual foi submetido, dando origem a versão romântica da história da fundação do Município de Boa Viagem.
Diante disso, em 1982, na gestão do Prefeito Benjamim Alves da Silva, depois da construção do Centro Administrativo Governador Virgílio de Morais Fernandes Távora, essa obra de arte foi colocada em sua entrada para representar esse episódio.

Imagem da Lagoa do Cavalo Morto na década de 1990.

Nessa época, como pode ser visto acima, a posição do cavalo era diferente da que conhecemos nos dias de hoje, tendo as suas patas viradas para o casal.

“… na gestão do Prefeito Benjamim Alves da Silva, desejando construir um edifício para abrigar o centro administrativo do Poder Executivo em uma área nobre da cidade, o Governo Municipal negociou parte do terreno dessa praça com o administrador do patrimônio da Paróquia, que na época era gerenciado pelo Pe. Paulo Ângelo de Almeida Medeiros. Depois dessa negociação o Centro Administrativo Governador Virgílio de Morais Fernandes Távora, que foi isolado por uma grade, ficou separado daquilo que era conhecido como Praça Monsenhor José Cândido de Queiroz Lima. No espaço separado como paço municipal, inicialmente foi colocado o busto do Mons. Jose Cândido…” (SILVA JÚNIOR, 2015: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/praca-monsenhor-jose-candido-de-queiroz-lima-2/. Acesso no dia 29 de dezembro de 2017)

Nesse mesmo período, diante do fato das estátuas terem recebido uma pintura na cor de bronze envelhecido, o Vereador Raimundo de Oliveira Mota levantou um questionamento entre os seus iguais sobre o assunto, pois “nunca tinha visto isso, especialmente um cavalo verde”, onde em seu entender as cores deveriam ser realistas.
Ainda nesse tempo, por conta de uma polêmica gerada pelo pároco do Município, o Pe. Paulo Ângelo de Almeida Medeiros, que não permitia a colocação de bancos na praça para que os jovens casais não namorassem, essas estátuas foram colocadas dentro do perímetro da Prefeitura de Boa Viagem.
Ao ser construída, essas esculturas ficavam em um plano superior em uma base isolada por uma piscina, que continha peixes ornamentais, dando uma dimensão de tamanho bem maior do que conhecemos hoje.

“… essa praça, que ficava fora da grade do paço municipal, recebeu a sua primeira colocação de piso, que era de mosaico vermelho, jardinação e o plantio de algumas palmeiras. Desse período, uma curiosidade desse local é que a praça não possuía bancos, uma imposição do pároco da época.” (SILVA JÚNIOR, 2015: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/praca-monsenhor-jose-candido-de-queiroz-lima-2/. Acesso no dia 29 de dezembro de 2017)

Pouco tempo depois, por conta do desleixo de algumas administrações, essa praça ficou bastante deteriorada por ação de seus usuários, passando aos olhos do povo que necessitava urgentemente de uma ampla reforma.

Imagem da Lagoa do Cavalo Morto, em 2019.

Muitos tempo depois, nos primeiros anos de 2000, na gestão do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, essa praça passou por uma grande reforma e essas estátuas foram transferidas de local, ficando entre o prédio da prefeitura e à Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, dessa vez ficando em uma base de plano inferior, o que deixa o seu tamanho em uma perspectiva menor para quem a vê.

“Depois da morte do pároco do Município, o Pe. Paulo Ângelo de Almeida Medeiros, a pedido da população, o Governo Municipal resolveu instalar os bancos e fechar uma rua que existia na lateral esquerda da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem. Outra mudança que merece destaque foi a retirada da grade que mantinha o paço municipal isolado da Praça Monsenhor José Cândido de Queiroz Lima e a junção dessa com a Praça José de Queiroz Sampaio, que hoje é tratada como se nunca tivesse existido. Ainda nesse tempo, de forma artística, o calçadão da praça foi valorizado recebendo o desenho que simboliza a ‘Lagoa do Cavalo Morto’ e a construção de um monumento que representa o Cachoeirão das Almas, importante atrativo com potencialidade turística de nosso Município.” (SILVA JÚNIOR, 2015: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/praca-monsenhor-jose-candido-de-queiroz-lima-2/. Acesso no dia 29 de dezembro de 2017)

Sobre essa posição, algumas pessoas costumam tocar ou colocar as suas crianças sobre os ombros do casal ou sobre o cavalo, algo que aos poucos vai destruindo esse valioso equipamento.
Ainda nesse tempo, de forma artística, o calçadão da praça foi valorizado recebendo o desenho que simboliza uma lagoa e a construção de um monumento que representa o Cachoeirão das Almas, um importante atrativo com potencialidade turística existente na zona rural do Município.

Imagem da reforme da Lagoa do Cavalo Morto.

Mais tarde, no dia 22 de setembro de 2014, novamente na gestão do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, por meio pela lei municipal nº 1.214, esse local foi declarado como o marco geográfico de partida das distâncias do Município de Boa Viagem, quando deveria ter recebido algo que simbolizasse o Marco Zero.
Nos últimos meses de 2021, diante da proximidade das festividades de comemoração dos 157 anos de aniversário do Município, na gestão do Prefeito José Carneiro Dantas Filho – o Régis Carneiro, esse equipamento passou por uma importante revitalização, especialmente no cavalo, que além da pintura tinha as suas patas danificadas.

“A Secretaria da Cultura, Turismo e Lazer deu início neste domingo, (14), aos trabalhos de revitalização dos bustos e estátuas de nosso Município. Os trabalhos iniciais estão sendo voltados para estátua do Alferes Antônio Domingues Álvares e Agostinha Sanches de Carvalho, além do cavalo morto, figuras que representam a versão romântica da história do Município, que instalados no Paço Municipal no ano 1982. O patrimônio encontrava-se em situação crítica, sem reparos e com sinais de vandalismo no decorrer dos últimos anos, passando apenas por pinturas superficiais. Na ação deste domingo, além do artista plástico Raimundo Nonato, à serviço da pasta, o Secretário Eliel Júnior esteve auxiliando na remoção da antiga pintura. As estátuas receberão nova pintura, mantendo a fisionomia original, serão reparados detalhes como boca, orelhas, botões, bijuterias, olhos, cabelo e membros. A revitalização dos demais bustos ocorrerão no decorrer do mês. A SECULT reforça o compromisso em manter viva a história do Município, zelando pelos equipamentos públicos de promoção à cultura e ao turismo local, recomendando aos boa-viagenses o apoio em conjunto.” (FACEBOOK, 2021: Disponível em https://www.facebook.com/prefeituradeboaviagemce. Acesso no dia 14 de dezembro de 2021)

No ano seguinte, uma nova obra de arte foi produzida retratando esse casal, dessa vez em chapa galvanizada e tendo como propósito mostrar a expectativa da planejada fuga.

AS SUAS CARACTERÍSTICAS:

A Lagoa do Cavalo Morto, que é um equipamento que possui uma intencionalidade turística, apresenta algumas características físicas, sendo elas:

Acessibilidade: Sim.
Administração: Governo do Município.
Coordenadas: (S) 05° 07′ 34.4” (W) 39° 43′ 48.7”.
Iluminação: Sim.
Responsável: Secretaria da Cultura, Turismo e Lazer.
Tipo: Público.
Vigilância: Sim.

BIBLIOGRAFIA:

1. FACEBOOK. Construindo uma Nova História. Disponível em https://www.facebook.com/prefeituradeboaviagemce. Acesso no dia 14 de dezembro de 2021.
2. FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
3. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
4. SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Praça Monsenhor José Cândido de Queiros Lima. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/praca-monsenhor-jose-candido-de-queiroz-lima-2/. Acesso no dia 29 de dezembro de 2017.